por Lucione Nazareth/VG Notícias
Várzea Grande conta com poucas opções de lazer para os moradores. Faltam praças de alimentação, praças esportivas, cinema e outros locais que possam fazer o cidadão aliviar o estresse do dia-a-dia.
Os únicos lugares que a população ainda poderia aproveitar esses momentos são os dois parques ambientais da cidade: Bernardo Berneck e Tanque do Fancho, que servem para passeios, caminhadas e piqueniques. O problema é que ambos estão esquecidos pelo poder público e atualmente não oferecem estrutura nem qualidade para proporcionar bem estar aos visitantes.
O parque Bernardo Berneck foi inaugurado em junho de 2009 e tem uma área de mais 28 hectares, sendo 3,5 quilômetros de pista de caminhada. Está localizado na Avenida Júlio Campos, no entorno dos bairros Jardim Glória, Jardim Paula e Água Vermelha. Foram gastos em torno de R$ 3 milhões na construção do parque.
No entanto, quase quatro anos depois, o local se encontra abandonado e com uma área de lazer precária, entregue ao mato e a vândalos. O parque não possui portão e serve de esconderijo para o consumo de drogas. No período noturno, não há controle de entrada e saída de pessoas, aumentando a insegurança dos poucos frequentadores que vão fazer exercícios físicos, como também dos moradores que residem na região.
Os brinquedos do playground estão sujos, velhos e quebrados, e já não podem ser utilizados pelas crianças. Os banheiros estão depredados, com janelas e vidros quebrados. O local – que é de responsabilidade do governo do Estado – não possui nenhum vigilante ou sistema de segurança, o que aumenta ainda mais os riscos para quem ainda tenta utilizar a área.
Já o parque do Tanque do Fancho, que fica ao lado da Câmara Municipal, tem área total de 4,7 mil metros, e conta com uma pista pavimentada com 1,5 mil metros quadrados para caminhadas. Gerenciado e construído pela prefeitura de Várzea Grande, funciona desde maio de 2010 e foram gastos pouco mais de R$ 1 milhão em suas obras.
Ocorre que o espaço também não inspira segurança. Apesar de estar localizado ao lado da Casa onde trabalham os vereadores, representantes da população, ao entardecer o local fica escuro por causa da iluminação precária, atributos favoráveis para que ocorram assaltos e outros tipos de violência, já que no local também não há policiamento.
Outro problema é a falta de preservação ambiental no parque, cujo córrego serve de depósito de esgoto, provocando mau cheiro que acaba atrapalhando a prática de exercícios dos frequentadores. O parque, ao contrário da proposta de sua construção, não é sinônimo de qualidade de vida, nem de preservação a natureza. Pelo contrário, a água acumulada no local acaba servindo de criadouro das larvas que dão origem ao mosquito transmissor da dengue.
Atualmente, a pista de caminhada está tomada pelo mato e pelo lixo espalhado na área. A falta de limpeza do local e a proximidade com um matagal também pode trazer e favorecer a reprodução de animais peçonhentos dentro do parque.
Protesto – Ontem (15.05) durante desfile cívico para comemorar os 146 anos de Várzea Grande, um grupo de skatistas aproveitou para protestar contra a falta de uma área de lazer na cidade - principalmente, após a demolição da pista de skat da Praça do Ipase, local que está sendo construído o Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Os jovens arremessaram ovos ao palanque onde estavam o prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães, o governador do Estado, Silval Barbosa – ambos PMDB – e autoridades civis e militares.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).