A solução apresentada pelo Governo do Estado de Mato Grosso para os deslizamentos ocorridos no “Portão do Inferno”, na MT-251, no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, vai destruir um valioso sítio arqueológico com inscrições de aproximadamente 5 mil anos.
Informação que foi publicada pelo site Conexão MT, e confirmada pela equipe do , indica que o "retaludamento" do morro às margens da rodovia pode provocar danos ao patrimônio arqueológico que fica em rochas próximas ao local.
Documento disponível no processo do Iphan sobre a obra mostra que para que o sítio não seja destruído será necessária a retirada do patrimônio arqueológico juntamente com as rochas de arenito que fazem parte da paisagem do local.
"Sitio com deterioração do local, independente da obra sugere-se de conservação seria a retirada", diz trecho do documento.
"A área abrangida pelo projeto engloba três sítios arqueológicos: Portão do Inferno, Salgadeira e da Mata Fria. Considerando que o Sítio Portão do Inferno encontra-se na área de impacto direto, estando mais próximo das obras de retaludamento", diz trecho de outro documento sobre as obras no local.
O repórter fotográfico Rogério Florentino realizou visita no local, supervisionada por um agente do ICMBio. Em um documento que faz parte do processo do Iphan, assinado por vários profissionais especialistas, é descrito claramente que o sítio arqueológico irá desaparecer e que a paisagem será afetada imensamente.
Segundo laudo arqueológico que consta no mesmo processo, menos da metade dos sítios arqueológicos da região de Chapada dos Guimarães estão mapeados e registrados.
“O município de Chapada dos Guimarães possui, segundo o Cadastro Nacional de Sítios Arqueológico, 105 sítios arqueológicos conhecidos. Contudo, apenas 51 desses sítios estão registrados no Sistema de Conhecimento e Gestão, SICG/IPHAN, ou seja, possuem dados de localização georreferenciada.”, diz trecho do documento.
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