Os moradores do Residencial José Carlos Guimarães, em Várzea Grande, resolveram apelar para uma faixa de protesto após diversas denúncias contra a empresa MT Concreto, instalada nas proximidades da região, onde a população alega que poeira durante o funcionamento das máquinas está atingindo as residências e causando danos à saúde.
Os moradores justificaram que está cada dia mais impossível de conviver ao lado da empresa de concreto, pois segundo eles, além da poeira que atinge as residências, o barulho não dá trégua nem no período noturno e nem nos finais de semana.
Cansados dos protestos e denúncias contra a empresa não surtirem efeitos, os moradores decidiram confeccionar faixas e espalhar pela região, agradecendo de forma irônica o Poder Executivo em permitir que a MT Concreto destrua com a saúde das pessoas.
“O Residencial José Carlos Guimarães agradece a Prefeitura de VG por permitir que a MT Concreto destrua a saúde dos moradores. Os moradores pedem socorro”.
Faixa foi retirada
Um dos moradores disse ao 
nesta quarta-feira (22.05), que a iniciativa não deu muito certo, pois colocaram na segunda-feira (20), e na terça (21) já não estava mais.
Revoltados, os moradores acionaram a Polícia Militar, pois queriam esclarecer quem teria tirado a faixa. Em frente a empresa MT Concreto, policiais militares conversaram com o secretário de Serviços Públicos, Breno Gomes, e ele confirmou que foi retirada pela sua equipe, pois faixas de publicidades somente são colocadas com a autorização da pasta.
Conforme imagens de um vídeo gravado no local, após uma discussão meio acalorada, e ambos exporem seus lados, o secretário disse que os moradores teriam dois dias para retirar a faixa na Secretaria.
Um morador identificado como Lucas disse à reportagem do que foi até a Secretaria, preencheu todos os documentos necessários, solicitou autorização de publicidade, mas não conseguiu retirar a faixa do órgão.
Outro lado – A reportagem do entrou em contato com o secretário Breno, ele informou que a faixa foi aprendida nessa terça (21), pois não tinha autorização do município para ser instalada. Gomes disse que realmente o morador esteve na Secretaria e os servidores mostraram para ele a faixa, porém, para reavê-la somente com a fiscalização de postura.
A reportagem do também entrou em contato com os responsáveis pela empresa MT Concreto, e conversou com diretor comercial, Danilo Rondon, que informou que a empresa está dentro da legalidade, possuindo todas as licenças necessárias solicitadas pelo município.
Danilo explicou que MT Concreto comprou o espaço em 2023, mas ressaltou que entre os anos de 2008 e meados de 2017 o local foi ocupado por outra empresa que funcionava com as mesmas atividades e nunca teve problemas com moradores. Segundo o diretor, não existe uma reclamação coletiva, apenas manifestações de um grupo de seis pessoas.
O diretor comercial destacou que esses moradores estão usando um incidente de ocorreu quando uma válvula quebrou e realmente o cimento tomou conta da região, para tentar prejudicar a empresa. Empresa que, segundo ele gera mais de 90 empregos, e até mesmo emprega moradores do Residencial, além gerar impostos para o município.
Antes da matéria ir ao ar, o morador Lucas comunicou o que conseguiu reaver a faixa, mas foram informados que só poderiam colocar as faixas em locais particulares, como residências e espaçosa comerciais, com autorização dos respectivos proprietários.
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