Moradores, caminhoneiros e empresários, continuam bloqueando as rodovias, em protesto a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL), nesse domingo (31.10) para Luís Inácio Lula da Silva (PT). O esteve in loco, nesta segunda-feira (31.10), na Rodovia dos Imigrantes, passando em partes da BR-070, BR-163 até o Trevo do Lagarto, em Várzea Grande, onde os acessos para Jangada e Cáceres estão obstruídos por pneus e barreiras de terra.
As filas de carretas e caminhões estão quilométricas, onde apenas alguns veículos de pequeno porte conseguem fazer um desvio entre o canteiro e a obstrução. Os apoiadores do Bolsonaro estão concentrados em frente a antiga sede da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os manifestantes estão no local, com direito a música e carne assada. Eles estenderam uma grande bandeira do presidente em um guindaste.
Em uma barraca, militantes do presidente servem carne assada e pão para os manifestantes e caminhoneiros, que estão parados desde o início da manhã.
Ao , Wallace, morador de Várzea Grande, apoiador de Bolsonaro, disse que os militantes pretendem ficar no local até o presidente se pronunciar. “Vamos ficar aqui até ele se pronunciar, o que ele falar, está falado”.
Outro caminhoneiro do município de Diamantino, disse que não tem previsão para encerrar os bloqueios. Ele declarou que estão ali, pois são contra a vitória do Lula.
Questionado sobre o pensa que vai acontecer daqui para frente, ele disse que, na verdade, não sabem o que vai acontecer, e que o negócio é esperar, mas quer ver o Brasil se melhorar.
O conversou com o militante Igor, que afirmou que a “manifestação”, na verdade é uma resistência civil. “Vamos ficar até que se resolva a situação do Brasil. Nós não aceitamos mais essa bandalheira que está no Brasil. Vamos ficar até resolver o problema do STF, TSE, até colocar as coisas em ordem”.
Indagado o que seria colocar as coisas em ordem, e ele disse: “É ter isonomia para os dois lados e liberdade. Quando você tem uma clara e evidente roubalheira – você poder se manifestar e ter a representatividade, não como o Alexandre Moraes fez, simplesmente pegou o resultado de todas as inserções do rádio que foram roubadas e simplesmente falou que nada estava acontecendo. Então, vamos investigar, por que ele não investigou? Quando teve o grupo do Whatsapp dos empresários em cinco minutos estava todo mundo dentro das casas dos empresários prendendo. Essa é a isonomia que temos no Brasil?”.
O militante ainda afirmou que Bolsonaro vai se manifestar no momento certo, quando tiver todas as provas nas mãos. “Pode ter certeza que vem muito chumbo grosso por aí”.
O empresário Sergio Saretto declarou que não é líder e sim um colaborador da manifestação pró Bolsonaro. Segundo ele, o movimento acontece porque o "pessoal" da estrada não aceita com o que aconteceu nas eleições de ontem (30), a derrota do atual presidente para o Lula.
Questionado o que seria essa não aceitação, ele afirmou que as 154 mil inserções a menos no Nordeste - se for elencar tem um monte. O empresário declarou que a previsão de ficarem ali é de 72 horas no mínimo.
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