Em Várzea Grande, cinco servidores da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Ipase, entre eles, médicos, relatam que foram vítimas do golpe da portabilidade do salário, no mês passado. O golpe ocorre quando as vítimas esperam o salário na conta-salário, mas o pagamento é feito em outra conta aberta em seu nome da vítima, por golpistas. Os estelionatários abrem uma nova conta na qual a vítima supostamente pediu portabilidade.
Os golpes aumentaram após a liberação da portabilidade via online, antes, o cliente era obrigado a fazer a portabilidade de forma presencial. Os golpistas encontraram uma brecha na nova regra do Banco Central, quando autorizou a portabilidade por aplicativo.
“Agora pode fazer portabilidade via on-line, antes você tinha que ir à Caixa. Fizeram portabilidade de forma online com os nossos dados, cada um criado em um banco o meu de J.V. no Mercado Pago, do G. no Bradesco, simplesmente alguém da Caixa autorizou, fizeram a portabilidade, caiu dinheiro na conta eles puxaram”, contou a vítima.
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Segundo o médico, um boletim de ocorrência foi registrado para que a Polícia Civil comece a investigar. “Normalmente esse dinheiro já foi. A briga vai ser para ver quem é que vai ressarcir, se vai ser o Mercado Pago, a Caixa ou o Bradesco?”
O servidor cobra a responsabilidade do Mercado Pago e da Caixa Econômica Federal. “O Mercado Pago vai ter que justificar porque abriu uma conta fake com meus dados. Aí eles vão ter que pagar o pato”, cobrou.
Conforme a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT), o ‘golpe da portabilidade do salário’ é enquadrado no crime de estelionato. Dados da Sesp apontam que de janeiro a junho de 2022 foram registradas 11364 ocorrências de estelionato, no mesmo período do ano passado foram registradas 8824 ocorrências, um aumento de 29% em 2022.
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