O promotor de Justiça, José Antônio Borges Pereira, da Promotoria da Infância e Juventude de Cuiabá assinou esta semana uma notificação a presidente do Lar da Criança, Marimar Michels para que a instituição não receba menores de Várzea Grande.
De acordo com o promotor, “todo e qualquer acolhimento dentro da unidade de abrigo institucional Lar da Criança, que se localiza em Cuiabá, de competência territorial do Juízo da Infância e Juventude da comarca de Cuiabá, deverá ocorrer tão somente após o crivo judicial, que avaliará a necessidade, cabimento e pertinência do pedido de acolhimento e, então, se for o caso, expedirá a competente guia de acolhimento”, ressaltou.
O local abriga 36 crianças, sendo 23 oriundas de Cuiabá e outras 13 de Várzea Grande. Conforme o promotor de Infância e Juventude de Várzea Grande, José Mariano de Almeida, a instituição está com os dias contados e ele está empenhado em direcionar os menores do município que ainda estão no local.
“Várzea Grande conta com o melhor sistema em Mato Grosso. Temos quatro casas lares, em que são abrigadas 10 crianças, respeitando faixa etária e sexo. O modelo do Lar da Criança está ultrapassado, o próprio estatuto da Criança e do Adolescente mostra isso. Estas 12 crianças serão direcionadas a familiares, a adoção, ou tem vagas em Várzea Grande”, contou.
Ainda segundo Mariano, desde que assumiu o cargo no município, em janeiro de 2013, houve uma diminuição do número de crianças nestes abrigos e uma melhora no acolhimento.
“Procuramos familiares ou encaminhamos estas crianças para adoção. Infelizmente, a mentalidade do brasileiro ainda não permite a adoção de crianças maiores, já que há preferência por bebês. Mas estas casas lares oferecem o conforto de uma família. O número de crianças é reduzido, o que permite maior cuidado”, enfatizou.
O promotor destaca ainda que há compromisso com o prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães para a construção de mais dois locais para os menores. “Uma ação judicial obriga a construção de mais duas casas lares no município, e vamos cobrar da Prefeitura”. (Com informações MPE)
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