O Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) foi o centro de uma comovente história de amor ao próximo, ganhando destaque na edição deste sábado (16) do Jornal Nacional. A história começou em 7 de março de 2024, quando foi confirmada a morte encefálica de Meg Raissa, uma criança de 3 anos, devido à hidrocefalia. A mãe de Meg, Ediliane Fomes, tomou a decisão de doar os órgãos de sua filha. "Foi de repente, falei: 'sim, eu quero'", disse Ediliane, descrevendo o momento da decisão.
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Após uma avaliação criteriosa, que durou mais de 12 horas, a equipe médica do HMC confirmou a viabilidade da doação. Em seguida, começaram os procedimentos para manter os órgãos funcionando enquanto se buscava um receptor compatível.
Segundo a enfermeira Lelia Cristina Minelli Penna, coordenadora do setor de UTI Adulta e integrante da Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), os transplantes precisam ocorrer rapidamente após a captação, em até quatro horas, para garantir a viabilidade do órgão.
Em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, Ana Lívia, também de 3 anos, aguardava um transplante cardíaco. A identificação dela como receptora levou apenas cinco horas, e a equipe médica do Hospital da Criança e Maternidade de São José do Rio Preto prontamente viajou 1.200 quilômetros até Mato Grosso para realizar o procedimento.
A cirurgia foi um sucesso, e o coração de Meg passou a bater no peito de Ana Lívia, proporcionando esperança e uma nova chance de vida. As mães, Talíssa Patricia Bueno Prado e Ediliane Fomes, mesmo sem se conhecerem, compartilham agora um vínculo eterno, unidas pelo ato de generosidade e compaixão.
Talíssa expressou sua gratidão, enquanto Ediliane encorajou outros a considerar a doação de órgãos como um gesto de amor e solidariedade. Essa história, que começou em um momento de dor, se transformou em um testemunho inspirador de como o amor e a compaixão podem transcender fronteiras, conectando vidas e proporcionando esperança em meio à adversidade.
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