Há mais três meses, vivendo nas dependências do Pronto-Socorro de Várzea Grande (PS/VG), acompanhando a mãe, dona Pedrina do Nascimento Gaspar, 69 anos, que está em uma ala de isolamento, tratando sequelas da Covid-19, João Célio do Nascimento Gaspar, 34 anos, contou à reportagem do , nesta quinta-feira (06.01), furtado na Unidade de Saúde.
Segundo João, o episódio ocorreu na quinta passada (30.12), e no mesmo dia registrou um boletim de ocorrência. No relato, João contou que ele e a mãe almoçaram e deitaram para descansar, no quarto que fica somente os dois.
Conforme ele, colocou o celular para carregar em cima de um cestinho de lixo. Em determinado momento, João escutou a porta abrir, mas pensou que poderia se tratar de uma enfermeira ou alguém da limpeza entrando e não despertou. Contudo, quando acordou, percebeu que o celular não estava, apenas o carregador. Foi quando percebeu que alguém teria entrado e furtado o celular, dinheiro e os documentos.
“Naquele dia eu recebi a aposentadoria da minha mãe e paguei o aluguel, e sobraram R$ 500 reais que eu ia comprar um shampoo e umas coisas para ela tomar banho e ia pagar a energia de casa, mas alguém entrou e levou o celular e tudo que estava nele, só deixaram o carregador”, contou ele ao .
De acordo com João, as coisas já não estavam fáceis, a mãe doente, com 'hidrocefalia, água no cérebro', fora de casa há muito tempo, a mãe precisando de Home Care, pois já foram avisados pela equipe médica que a idosa não aguenta uma cirurgia. “Como vamos fazer outro documento com ela aqui no hospital, e ainda como vamos receber a próxima aposentadoria para pagar contas e as despesas que estamos tendo? O cartão dela é da agência do município de São José do Rio Claro, e só ela pode fazer outro. Estou tão triste com esse acontecimento. Ainda bem que a unidade de saúde dá as fraldas para minha mãe”.
João contou que emprestou R$ 30 reais e conseguiu ir até a “Claro” resgatar o chip do celular e uma amiga emprestou um aparelho. “Tenho certeza que quem entrou nesse quarto e roubou meus pertences, dos olhos de Deus não esconde nada, pois Deus não dorme. Eu não vou jogar praga e nem desejar mal para essa pessoa, eu só queria os documentos e o cartão da minha mãe. Estou desempregado, pois, preciso cuidar dela, e essa aposentadoria é nosso único recurso financeiro”, desabafou o jovem.
Questionado se a mãe tem previsão de alta médica, João reforçou que dependem de um Home Care para irem para casa, porque a mãe não está bem e precisa de tratamento, não pode passar por uma cirurgia por não aguentar.
Outro lado — A reportagem do entrou em contato no Pronto-Socorro, mas não conseguiu falar com o diretor. O espaço está aberto para manifestação a qualquer tempo.
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