Os garis de Várzea Grande têm enfrentado péssimas condições de trabalho para executar os serviços de limpeza da cidade “Industrial”. Os trabalhadores, que não quiseram se identificar por medo de represálias, sofrem com a falta de equipamentos de segurança – trabalham de chinelos e sandálias, porque não receberam os materiais que deveriam ser fornecidos pela Prefeitura Municipal.
“Nós trabalhamos de chinelos e sandálias, porque ainda não recebemos as botas da Prefeitura, alguns trabalhadores ainda usam as que receberam do ano passado”, contou um gari à reportagem do VG Notícias.
Outro problema enfrentado pelos trabalhadores é a falta de protetor solar e o valor alto para aquisição particular. “A prefeitura não fornece protetor solar, eu já estou ficando com manchas brancas por trabalhar o dia todo no sol. O valor é alto para comprar um produto desses, mas que é muito necessário para nosso trabalho”, desabafou o servidor.
A falta de ponto de apoio também é queixa dos servidores que trabalham com mochilas nas costas, executando trabalhos pesados, porque, não têm aonde guardá-las. “Estamos trabalhando com mochilas, que carregamos nossos pertences e garrafinhas de água, porque não temos onde guardá-las”, reclamou.
Ainda de acordo com eles, a prefeitura também não fornece água aos trabalhadores, que precisam trazer de suas residências em garrafas plásticas.
Outro lado: Em entrevista ao VG Notícias nesta sexta-feira (22.02) o secretário de infraestrutura de Várzea Grande, Gonçalo de Barros afirmou que em janeiro houve a compra dos equipamentos de segurança, como botas e luvas, contudo, segundo ele, alguns garis têm o costume de não utilizá-los e guardá-los em casa.
Gonçalo consentiu que existem falhas no trato com os profissionais e garantiu que está fazendo o impossível para que o que a legislação e o bom senso sejam cumpridos. “Estamos com demandas muito sérias, como os buracos e a iluminação pública em Várzea Grande, mas estamos trabalhando para que a legislação e o bom senso sejam cumpridos e para que os garis tenham condições de trabalho”, afirmou.
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