O presidente do Fórum Pró-Ferrovia em Cuiabá, secretário municipal de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico, Francisco Vuolo, está buscando esclarecimentos da empresa Rumo Logística, Concessionária da Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio Vuolo, sobre o cronograma da obra em Cuiabá.
Em uma entrevista ao , Vuolo afirmou que a Rumo continua com as obras do trecho de Juscimeira até Campo Verde, mas ainda não apresentou nenhum estudo para o trecho que vai até Cuiabá.
"Até agora, a Rumo apresentou solicitações de autorização para obras até Jucimeira e de Jucimeira até Campo Verde. Ou seja, é necessário que eles apresentem as autorizações de projeto para a obra até Cuiabá", declarou Vuolo em entrevista ao .
Até agora, a Rumo apresentou solicitações de autorização para obras até Jucimeira e de Jucimeira até Campo Verde. Ou seja, é necessário que eles apresentem as autorizações de projeto para a obra até Cuiabá
Vuolo conseguiu o apoio de vários políticos, incluindo o presidente da Assembleia Legislativa (AL/MT), deputado estadual Eduardo Botelho, para requerer uma audiência pública em 9 de outubro às 09h.
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Segundo Vuolo, a Rumo não fez nenhuma manifestação oficial sobre o cronograma das obras em Cuiabá até o momento. Ele expressou preocupação de que a capital esteja sendo colocada em segundo plano, uma vez que a empresa já entregou o projeto até Campo Verde e obteve a liberação de licenças da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema-MT).
"Existe um contrato, existe um compromisso. A ferrovia tem prazos para implantação, aprovações de projetos executivos, além do Terminal Ferroviário. Para chegar à ferrovia, o terminal também precisa estar instalado. Se isso não for definido agora, os prazos podem ser comprometidos, e estamos atentos a isso", afirmou o secretário.
Ele também observou que o local do Terminal Rodoviário ainda não foi definido pela empresa Rumo: "Ela já apontou um local no trevo de Santo Antônio, mas não sabemos em que estágio está essa decisão".
Apesar disso, Vuolo acredita que a empresa Rumo responderá positivamente às cobranças durante a audiência pública. Ele enfatiza a importância de não esperar até 2026, ano estipulado para o início das operações, para cobrar a ferrovia em Cuiabá.
"O momento é agora. Temos um prazo a cumprir, então apresentem o cronograma. Cabe ao Poder Legislativo, sendo o agente fiscalizador, tomar medidas e cobrar o que está previsto no contrato, que inclui Cuiabá como prioridade", declarou.
Além disso, Vuolo está pressionando a empresa Rumo para divulgar o nome correto da ferrovia, a Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio Vuolo, em suas comunicações. Ele considera a omissão do nome um desrespeito.
Em resposta, a assessoria da empresa Rumo Logística afirmou que a chegada das obras até Campo Verde é o primeiro passo para que a ferrovia também alcance Cuiabá. Eles esclarecem que as obras foram estabelecidas no Contrato de Autorização com o Governo do Estado de MT, que inclui o ramal de Cuiabá. No entanto, as obras são executadas em etapas, seguindo um processo de licenciamento ambiental.
"Até o momento, a Rumo obteve a Licença Prévia (LP) da totalidade do empreendimento e três autorizações de Licença de Instalação (LI) que somam 180 quilômetros. Trata-se do processo mais completo previsto na legislação brasileira. Para a primeira fase, estão previstos mais de 200 quilômetros, chegando até Campo Verde, região onde será instalado um terminal. A chegada das obras até Campo Verde é o primeiro passo para que a ferrovia também alcance Cuiabá, assim como continue até Nova Mutum e Lucas do Rio Verde", informou a assessoria da Rumo Logística.
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