Em nome da fé e dos agradecimentos às conquistas alcançadas, cerca de 40 fiéis de Várzea Grande, percorrerão 187 km a pé, na oitava edição da “Romaria de Santo André” até Aparecida do Norte, que tem início nesta quinta-feira (05.10).
O grupo de romeiros várzea-grandenses se reúnem em Santo André, com pessoas de todo Brasil que participam do evento e juntos percorrem a distância em cinco dias. Entre os devotos que participam desde 2014, está o romeiro e um dos organizadores, Antônio Torquato, primeiro várzea-grandense a participar da romaria.
“O que a gente observa é que todo ano aumenta o número de pessoas que procuram informações sobre a romaria, o que me deixa muito feliz, sabendo que fui o primeiro aqui de Várzea Grande a ir e hoje cada ano aumenta a participação”, conta.
Segundo ele, a romaria é um agradecimento pela superação e cura de um nódulo na tireoide descoberto em sua filha, na época, com 10 anos de idade.
“Foram nove meses de luta e dor. Quando ela foi fazer a cirurgia em São Paulo, os médicos resolveram tirar somente o lado esquerdo da tireoide, onde o nódulo estava maior. O médico me ligou e disse que a cirurgia tinha sido bem-sucedida e que resolveu tirar somente a metade da tireoide, os hormônios dela iriam funcionar normalmente. Ficamos muito tempo em oração pedindo e graças a Deus fomos contemplados com essa benção”, se emociona.
Em contrapartida a cura da filha, o fiel prometeu que caminharia por 10 anos até Aparecida do Norte, e já está em sua quarta edição. “A romaria começou há 18 anos e muitas graças foram alcançadas. Pessoas que viviam no álcool, hoje conseguiram se libertar. Exemplo do filho e neto que fizeram a promessa para um senhor que tinha sérios problemas com o álcool. Hoje ele tem 67 anos e saiu do vício”, relata.
De acordo com o representante comercial, a romaria não terá só participantes de Várzea Grande. Fiéis de todo o Estado, incluindo Cuiabá, Tangará da Serra, Barra do Bugres percorrem os cinco dias. “No primeiro dia percorremos 52 km, no segundo, 38, no terceiro dia 36, o quarto dia 33, e o último dia concluímos os 26 km”.
Torquato ressalta que a romaria não possui caixa financeiro e tudo que eles conquistam são a base de doações, boa parte feita pelos próprios romeiros e por benfeitores que acreditam na fé do grupo.
“Estamos pagando R$ 150 por esses 5 dias. Nós temos um suporte de quatro ônibus e a cada 3 a 4 km os ônibus param porque tem água, frutas e param também onde colocamos bagagem. Esse suporte inclui camiseta, colete e toda essa estrutura. Até o ano passado recebíamos seis camisetas, mas em função do momento econômico que vive o país, esse ano ganhamos duas camisetas e dois coletes. A taxa diminuiu porque lá tem muita gente desempregada”, conclui.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).