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Cidades Sexta-feira, 12 de Janeiro de 2024, 14:35 - A | A

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RISCO

Em 2022, Metamat apontou risco geológico no Portão do Inferno e recomendou relocação da MT-251

Documento foi elaborado em 2022 após vistoria técnica no local, que contou com auxílio de drone

Lucione Nazareth/VGN

Relatório da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), elaborado em conjunto com a Defesa Civil, apontou risco geológico no Portão do Inferno, e recomendou em 2022 que o Governo do Estado adotasse medidas para garantir a segurança do local, como obras de contenção, instalação de sistema de alerta e monitoramento e relocação da MT-251. O documento foi obtido pelo .  

Desde o final de 2023, o Governo do Estado vem interrompendo o tráfego de veículos na MT-251 na região do Portão do Inferno em decorrência de deslizamentos no local.

Porém, documento obtido pelo mostra que o Estado tinha conhecimento do risco geológico no local. Em 2022, a Metamat com apoio da Defesa Civil realizaram vistoria técnica e posteriormente elaboraram relatório sobre os riscos na região do Porto do Inferno. No documento afirma que foi realizado mapeamento com auxílio de drone, área equivalente 5 hectares, modelando toda sua morfologia.

No relatório afirma que por ser mal planejada e executada, a rede de drenagem que flui em direção ao Portão do Inferno foi canalizada para passar por baixo da rodovia, o que de certa forma coloca em risco as estruturas de sustentação, associado a mais um fator de risco, no caso um táxon de categoria seis: erosão.  

Foram constatados processos hidrológicos e hídricos, que envolve eventos de enxurrada com movimentação de solo e erosão laminar que aumenta as rupturas das paredes rochosas; rupturas ou trincas no asfalto, indicando instabilidade na estrutura e rompimento de talude; sistemas de fraturas com visível espaçamento e faces indicativas de desprendimento de placas no Portão do Inferno.  

O documento aponta que a parte da encosta onde foi fixada a estrutura principal da rodovia que se situa abaixo do leito da rodovia, “está exposta a processos hidrogeológicos e hídricos, como erosão laminar, intemperismo e enxurradas, que pode vir a comprometer as fundações dessa obra de sustentação da estrada”. Neste trecho, a equipe de fiscalização destacou desconhecer “vistorias técnicas realizadas anteriormente no local para avaliar a estabilidade dessa obra de engenharia”.  

Ao final, a equipe recomendou a adoção de medidas adoção de ações preventivas e medidas mitigatórias, estruturais e não-estruturais, levando em consideração classificação de áreas de risco geológico segundo parâmetros preconizados pelo Ministério das Cidades.  

No relatório foi sugerido realização de obras de contenção, proteção de superfície; instalação de sistema de alerta e monitoramento; demanda de conhecimento técnico, profissional especializado em obras de estabilização de taludes; sistemas de micro e macro drenagem; e relocação da rodovia MT-251. “Talvez a mais recomendada devido a presumível intensificação do trafego de veículos, com o crescimento das cidades”, diz trecho do documento.  

As ações não-estruturais, onde se aplicam um rol de medidas relacionadas às políticas públicas, foram sugeridas: planejamento e gerenciamentos de emergências, campanha de conscientização, conhecimento do meio físico, planejamento do uso do solo, capacitação e formação de núcleos comunitários (capacitar técnicos municipais para realizar o mapeamento e o gerenciamento de áreas de risco); material didático (cartilhas, folhelhos), fortalecer a Defesa Civil e o Controle Urbano.  

Além disso, consta a necessidade atualizar o mapeamento das áreas de risco e propor medidas de mitigação e redução de risco; garantir o monitoramento dos setores de risco alto e muito alto e atualizar sistematicamente os dados obtidos desses setores; considerar a redução de risco nos planos diretores municipais; realizar ações de conscientização da população para os problemas da área de risco; montar planos de contingencia para o período de chuva (implantação de pluviômetros nas áreas de risco); e elaborar o Plano Municipal de Redução de Riscos para planejar as intervenções necessárias.

Outro Lado – O encaminhou e-mail a Secretaria de Comunicação do Estado (Secom) em relação ao relatório da Metamat, porém, até o fechamento da matéria não obteve retorno. O espaço segue aberto caso o Governo do Estado queira se manifestar.  

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