A Prefeitura de Várzea Grande está realizando um estudo para a implantação da mudança total da modalidade de energia hidrelétrica para a energia solar nos prédios do Município.
Segundo o secretário de administração, Anderson Nascimento Silva, este é um projeto que, além de buscar a economicidade das contas públicas, faz parte de um plano de ação mais amplo da Prefeitura, voltado para a criação e consolidação de uma cultura de sustentabilidade.
“Não estamos visando apenas a questão financeira, de economia de dinheiro público, mas queremos, principalmente, levar para as crianças e jovens a construção de uma cultura de respeito ao meio ambiente, de cuidado efetivo com as mudanças climáticas e tudo o que envolve a sustentabilidade e a nossa sobrevivência no planeta, por meio de um trabalho pedagógico adaptado às necessidades do mundo atual. Não queremos simplesmente colocar placas de energia nas escolas, queremos levar consciência de sustentabilidade à sociedade várzea-grandense”, disse o secretário.
O projeto inicial tem o intuito de atender 81 escolas municipais e também Unidades Básicas de Saúde. De acordo com Anderson, o estudo preliminar analisa caso a caso, pois se chegou ao consenso de que descentralizar a produção de energia seria mais viável do que construir uma usina fotovoltaica em um único espaço.
Segundo o secretário, o projeto está caminhando para a aprovação junto à concessionária Energisa. “Vamos ter uma empresa que irá elaborar os projetos descentralizados, porque temos uma data marco determinada para 6 de janeiro, para que possamos aprovar, e não entrar na taxação, visto que há uma taxa de uso que a Aneel estuda implantar até o dia 6 de janeiro.
A partir da aprovação destes projetos vamos partir para uma segunda etapa que é a execução descentralizada de cada miniusina, em seus devidos lugares. Umas serão de telhado, outras de solo, outras de carport. São projetos diversos, de acordo com a necessidade. Nesta gestão, preferimos gastar tempo com projeto, para diminuir o tempo na obra”, ressaltou.
Energia Solar - Além de ser considerada uma das melhores fontes para a geração de energia elétrica, frente às demais fontes renováveis, a energia solar fotovoltaica é uma alternativa para expansão da oferta de energia com menor impacto ambiental. Ela não gera resíduos poluentes e nem gases causadores do efeito estufa e não precisa de turbinas ou geradores para a produção de energia elétrica.
Combate ao desperdício e dinheiro aplicado “no lugar certo” - A Secretaria Municipal de Administração realizou um levantamento de custos de todas as unidades consumidoras registradas em nome da Prefeitura e descobriu que 64 unidades, estavam em nome do órgão público municipal, mas pertenciam a estabelecimentos privados, inclusive comerciais. O custo total de energia pago a concessionária, com exceção das autarquias municipais, está entre R$ 1,2 a R$ 1,3 milhão ao mês.
A administração acredita que entre 3 e 4 anos os recursos economizados nas contas de energia já poderão ser revertidos para investimentos nas áreas de saúde, educação e infraestrutura. “Vamos combater o desperdício, usar recursos renováveis e ainda aplicar o dinheiro público no lugar certo, nas áreas que melhoram a vida da população”, enfatizou o secretário.
Gestão moderna e eficiente - Mais informatizada, a Secretaria de Administração utiliza programa para agilizar o levantamento de dados de todos os servidores municipais
Uma ferramenta adotada pela Secretaria de Administração está fazendo a diferença no tratamento de dados dos servidores municipais. Denominado “Vida funcional”, o programa realiza a mineração de dados de cada documento e cada evento, para dar celeridade aos processos de nível e enquadramento funcional do servidor.
De acordo com o secretário, houve um levantamento de toda a situação da vida funcional dos servidores, e encontrou-se grande dificuldade em identificar a documentação deles. Com esta ferramenta, os técnicos já conseguiram analisar o total de mil vidas funcionais.
“Também fizemos um grande arquivo, adquirido do exército brasileiro, ao qual pudemos armazenar todos esses documentos, conforme a Lei Complementar 55. É um trabalho tanto de modernidade quanto de arquivo. Juntamente a isso fizemos um curso de arquivologia, com especialista Claudia Camargo, que ministrou um curso aos envolvidos neste processo. Hoje nossos servidores estão capacitados a manusear e arquivar um documento de forma correta”, disse Anderson.
Ainda, segundo o secretário, essas situações de controle são imprescindíveis, tendo como exemplo, um caso de um servidor lotado na Secretaria de Saúde, que tinha 32 anos, 8 meses e 5 dias. No enquadramento de sua vida funcional, verificamos que ele carreira inicial, sendo que seus direitos não foram implantados.
“Neste momento observamos a necessidade de modernização, de implantar esta ferramenta, porque como este caso, provavelmente haveria outros. Da forma como estava para se fazer este levantamento se demorava dias, não pela ineficiência de nossa equipe, mas pela dificuldade de analisar estes documentos de uma forma muito manual. Esta ferramenta já é desenvolvida em alguns Estados, então apenas a aprimoramos dentro de nossa realidade”, destacou.
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