Familiares e amigos dos dois jovens Genes Moreira dos Santos Júnior, 24 anos, e Marciano Cardoso Mendes, 25 anos, desaparecidos desde quarta-feira (09.12) após passarem por um bloqueio de pedágio feito por indígenas da etnia Enawenê-nawê, na BR-174, fazem um protesto e bloqueiam duas rodovias de Mato Grosso neste sábado (12.12).
A suspeita das famílias é de que ambos tenham sido sequestrados pelos índios depois de um desentendimento no local do pedágio.
Alzira Reis de Oliveira, amiga dos dois jovens, diz que a família e os amigos pedem que as autoridades deem uma resposta sobre o paradeiro de Genes e Marciano. Ela diz que dois grupos bloqueiam a BR-174, entre Juína e Vilhena (RO) e a MT-170, em Juína. A Polícia Militar confirmou os dois protestos e monitora a situação. Os protestos também teriam participação de moradores de Juína.
“A família aguarda resposta sobre eles desde quarta-feira. Os índios podem fazem pedágios e bloqueios sem ninguém reclamar e a população tem que ficar calada. Agora nós bloqueamos a rodovia para pedir nossos amigos de volta”, declarou Alzira.
Segundo ela, são 200 pessoas em um bloqueio e outras 300 no outro ponto de protesto. Os números não foram confirmados pelas autoridades da região. A família teve a informação de que índios negociaram nesta sexta-feira (11.12) com os policiais federais sobre a soltura de Genes e Marciano, no entanto, a Polícia Federal não comentou sobre o assunto.
Investigação
A Polícia Federal se deslocou, nesta sexta-feira, para Juína para apurar o desaparecimento de dois amigos que desapareceram na última quarta-feira (9), após passarem por um bloqueio de cobrança de pedágio feito por índios da etnia Enawenê-nawê, na BR-174. Segundo informações da PF, o delegado de Defesa Institucional, Hércules Ferreira Sodré, é quem coordena a investigação na local.
A Polícia federal abriu um inquérito para apurar o caso e a equipe deve verificar, no local, o que realmente ocorreu com os dois amigos. Segundo a PF, a ida do delegado e da equipe à aldeia indígena onde os rapazes estariam presos, localizada entre Juína e Rondônia, não está descartada.
Segundo familiares, Genes é vendedor e Marciano trabalha como motorista. Ambos estavam estavam em uma caminhonete quando passaram pelo pedágio dos índios. Eles moram em Juína e seguiam para Vilhena (RO) para fazer compras para revender em Mato Grosso. Segundo a irmã de Genes, ambos pagaram o pedágio e passaram, mas os índios teriam alegado que eles atiraram contra uma placa.
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