A diretora Q. F. dos S. S. da escola municipal Demétrio de Souza, localizada no bairro Jardim Maringa I, em Várzea Grande, está sendo acusada de prática de "rachadinha" na unidade escolar. A denúncia foi feita à Polícia Civil e ao nesta segunda-feira (18.12). Segundo a acusação, a diretora alega erro nos salários das professoras e cobra devolução por Pix em sua conta particular.
A suposta cobrança indevida foi denunciada pela professora Daylla Sany ao setor de Recursos Humanos da Prefeitura e à Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esportes e Lazer de Várzea Grande – SMECEL, que imediatamente abriu um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
Em boletim de ocorrência registrado em junho na Polícia Civil, a professora informou que, no mês de maio, após receber seu provento, a diretora informou que teria que devolver um valor que veio a mais. Assim, devolveu R$ 602,95 para a chave Pix da conta particular dela no Banco do Brasil. Ao procurar o RH, foi informada de que não havia erro.
Após buscar informações no RH, a diretora procurou a professora e devolveu o valor, mas a vítima relatou que passou a sofrer perseguição e assédio no ambiente de trabalho, deixando-a psicologicamente abalada. Daylla explicou que o salário veio a mais devido à substituição que estava fazendo, trabalhando nos períodos matutino e vespertino.
A professora procurou a Secretaria de Educação, entregou documentos que comprovam sua denúncia e foi aberto um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para investigar a diretora.
Devido à denúncia e à perseguição, Daylla Sany foi transferida para outra unidade escolar do município, mas seu contrato encerrou neste final de ano. Ela teme ficar desempregada, mas diz não se arrepender de efetivar a denúncia.
Outro lado - O entrou em contato com a diretora, que afirmou desconhecer denúncias de rachadinha, alegando estar respondendo a um PAD pela situação da professora Daylla Sany.
Ao , o assessor Jurídico da Secretaria de Educação, Igor Fernando Federice Saraiva, afirmou que assim que a reclamação foi recebida foi encaminhado para a abertura do procedimento administrativo. A Secretaria nega perseguição, informando que a servidora passou por um processo seletivo e será recontratada caso seja aprovada no processo seletivo para ano de 2024.
"Quando se trata de servidores efetivos, temos que fazer isso [abertura do PAD] obrigatoriamente. A Secretaria ou o Jurídico, nós não fazemos nenhum tipo de juízo de valor. Até porque você tem que ouvir as duas partes e fazer uma investigação. Assim como você vai a uma delegacia e relata um fato, o delegado o que ele tem que fazer? Você tem que instaurar um procedimento, inquérito e ouvir as duas partes e dar início a uma investigação para apurar a verdade. Nesse caso, por exemplo, porque a professora chega com vários relatos e documentos, que aquilo a gente pode assumir como verdade absoluta. Eu tenho que oportunizar a diretora a se defender daquilo e dar explicação", declarou Igor Fernando.
Leia também: Câmara de Cuiabá aprova projeto que proíbe uso de jaleco fora da instituição de saúde
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).