Taciane Morais dos Santos, 28 anos, gestante de 35 semanas, não resistiu às complicações da Covid-19, e morreu logo após dar à luz a filha. Ela era moradora do município de Nova Olímpia (a 214 km de Cuiabá), e aguardava há quatro dias por uma vaga em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A gestante foi diagnosticada com a doença, no dia 09 março, e os sintomas começaram a se agravar dia 19, quando procurou uma Unidade de Saúde do município.
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Para prestar socorro a gestante, os servidores da Unidade Mista de Saúde entraram em contato com o Hospital Universitário Júlio Müller, na Capital, ainda no dia 19, e conversaram com uma residente obstétrica do hospital, que solicitou mais esclarecimentos, querendo saber se a mulher estava em trabalho de parto e disse que retornaria a ligação com mais informações.
Já no domingo (21), a Taciane apresentava fadiga, tosse seca, febre noturna, aparentemente perda de líquido, e teria uma redução nos batimentos fetais, e a Unidade solicitava uma vaga em uma ala Covid-19.
Em contato com uma enfermeira da Santa Casa de Rondonópolis (a 215 km de Cuiabá), a servidora teria confirmado a vaga, no entanto, uma hora depois, a Unidade de Nova Olímpia ficou sabendo que por conta de uma intercorrência a vaga não estaria mais disponível.
Na segunda-feira (22), a gestante deu entrada no Pronto-Socorro de Várzea Grande, e após constatar que Taciane tinha saturação de 70%, ela passou por Cesária de emergência em um leito de UTI Covid, no PS/VG, na madrugada de terça-feira (23).
A bebê, uma menina está em observação e passa bem. E tão logo receba alta médica, irá para casa com a avó materna, que apesar de todo sofrimento com a perda da família, não descuida da neta.
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