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Cidades Sexta-feira, 09 de Março de 2018, 11:30 - A | A

Sexta-feira, 09 de Março de 2018, 11h:30 - A | A

Contrários ao governo

Delegados usaram investigações para grampear Taques e aliados, diz ex-secretário

Lucione Nazareth/ VG Notícias

Rogers Jarbas

 

O ex-secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, afirmou nesta sexta-feira (09.03), em depoimento ao juiz Murilo Moura Mesquita, da 11ª Vara Criminal Militar, que somente ficou sabendo do esquema de grampos telefônicos por meio da imprensa.

Em depoimento, Jarbas contou que em nenhum momento recebeu qualquer informação sobre a existência do esquema de grampos telefônicos, e que ficou sabendo dos fatos apenas quando a reportagem do Fantástico (da rede Globo) revelou todos os detalhes das interceptações telefônicas ilegais.

O ex-secretário revelou que até hoje não tem conhecimento se “realmente o esquema de grampos ocorreu no âmbito da Polícia Militar de Mato Grosso”.

Ele declarou que chegou a conversar com o governador Pedro Taques (PSDB) sobre os grampos, mas que o gestor não revelou qualquer detalhe de investigação e apenas lamentou prisões de militares, como do coronel Zaqueu Barbosa, por suposta participação na “grampolândia pantaneira”. “Nunca ouvi do governador Pedro Taques nada sobre isso”.

Rogers disse que após a descoberta dos fatos, determinou a instauração de um procedimento para apurar os supostos grampos, mas negou saber da existência de qualquer pedido de Mauro Zaque (enquanto esteve como secretário de Segurança Pública) para apurar os fatos.

Jarbas cita que Pedro Taques lhe passou um documento recebido da juíza Selma Rosane Arruda, falando sobre a suposta existência de interceptações telefônicas ilegais no âmbito da Operação Fortis, e que em seguida procurou a delegada Alana Cardoso informando-a que seria instaurado procedimento investigativo.

Sobre o procedimento, o ex-secretário conta que uma investigação foi instaurada pela Corregedoria da Polícia Civil, e que esse procedimento foi requerido pelo desembargador do Tribunal de Justiça, Orlando Perri.

No depoimento, Jarbas afirmou que foi um “erro” do desembargador Orlando Perri passar as investigações para o delegado Flávio Stringuetta - que assumiu as investigações por determinação de Orlando Perri -, apontando que ele conduzia o procedimento para levantar as informações que queria.

“A Operação Querubim foi uma farsa”, disparou, afirmando que Flávio Stringuetta induziu a deflagração da mesma porque teve a intenção de investigar de forma “tendenciosa” o governo do Estado pelo fato de ser oposição as ações do Poder Executivo.

A Operação Querubim investigou, sob sigilo, suposto plano de uma organização criminosa ligada ao ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, e que tinha como objetivo armar contra a vida de Pedro Taques.

Segundo ele, os delegados Flávio Stringueta, Alana Cardoso e Alessandra Saturnino de Souza, usaram as investigações com objetivo de grampear o governador e seus aliados por questões pessoas e divergências com o governo.

Atualizada às 12h15 - Ele nega que o governador Pedro Taques e o Comando da Polícia Militar tiveram conhecimento das interceptações, e diz que apenas os delegados sabiam dos fatos por terem interesse pessoal no caso. Segundo ele, o governador não gostava de falar sobre os grampos.

O ex-secretário afirma que é possível inserir números alheios às investigações para que sejam interceptados.

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