Consumidores de diversos bairros em Várzea Grande manifestaram insatisfação com o que chamam de aumento abusivo nas contas de energia elétrica nos meses de setembro, outubro e novembro. Ao , eles informaram que a concessionária Energisa, responsável pelo serviço em Mato Grosso, alega que o aumento se deve ao calor intenso na região.
A moradora da avenida Alzira Santana, Rosana Santos, relatou um aumento de 62,5% na conta de luz. Segundo ela, a cobrança saltou de R$ 800 em agosto para R$ 1.300 em setembro e outubro, chegando a R$ 1.700 em novembro.
Outros consumidores, como moradores do Bairro Planalto Ipiranga, também reclamaram de aumentos consideráveis nas contas, contestando a justificativa da Energisa. Uma moradora do bairro Planalto Ipiranga afirma que em agosto e setembro a conta correspondeu a R$ 400, porém, em outubro o valor aumentou para R$ 546. “Agora em novembro a conta veio R$ 686, ou seja, R$ 286 em relação a setembro e outubro. Não justifica, porque trabalho o dia todo, não fica ninguém em casa”, reclamou.
A empresa afirma que as contas refletem o impacto das ondas de calor que atingiram o Estado nos últimos meses, elevando o consumo.
Ao reclamarem para a empresa, conforme as denúncias, os moradores recebem a seguinte justificativa: "Analisei seu caso detalhadamente e percebemos que sua conta de energia aumentou recentemente. Isso aconteceu porque tivemos um período de calor intenso na região e durante o calor, geralmente usamos mais aparelhos como ar-condicionado e ventiladores, o que consome mais energia elétrica". Em seguida, a concessionária envia outra mensagem, que diz: "Esse aumento no consumo não significa que algo esteja errado em sua casa, mas sim que você precisou usar mais energia para se manter fresco. Para economizar, sugerimos que você ajuste o uso desses aparelhos quando possível, como diminuir o uso do ar condicionado e desligar dispositivos quando não estiverem sendo usados".
Conforme os moradores, as repostas da Energisa são automáticas e a concessionária não analisa caso a caso.
Outro lado - Em nota, a Energisa esclarece que as contas de energia entregues desde o mês de agosto refletem o impacto das ondas de calor que atingiu o Estado nos últimos meses. "As temperaturas extremas do Estado elevaram o consumo e, consequentemente, impactaram o valor final da conta. Em agosto, por exemplo, Mato Grosso registrou a maior carga já medida em 23 anos, chegando ao pico de 2.2 gigawatts de demanda máxima distribuída no ano", cita.
"A empresa reafirma que mesmo que o hábito da família não mude, é possível que haja um aumento de consumo, exclusivamente por conta das altas temperaturas."
Conforme a nota, os eletrodomésticos que trabalham principalmente com refrigeração, como ar-condicionado e geladeira, estão trabalhando por mais tempo nos dias mais quentes. E, como consequência, o consumo de energia é maior para manter as temperaturas programadas nos aparelhos.
“No caso do ar, se eu tenho uma temperatura de 30 graus e preciso baixar pra 23, tem um esforço. Se eu tenho uma temperatura de 44 e preciso baixar para os mesmos 23, é uma necessidade de energia muito maior. Então eu preciso fazer esse exercício pra reduzir esse consumo em uma ou duas horas pra não ter um aumento de custo”, explica a coordenadora de leitura Gabriela Dias.
Adotar atitudes que evitem o desperdício de energia podem fazer toda a diferença no orçamento familiar:
Ar-condicionado: os filtros devem ser lavados no mínimo uma vez por semana; Portas e janelas devem estar sempre fechadas quando o ar estiver ligado para evitar que o ar frio saia do ambiente e provoque um tempo maior de funcionamento do aparelho; se possível, priorize a posição de 23ºC. Importante considerar também que a potência do equipamento seja bem dimensionada para o ambiente que está instalado, evitando que o equipamento tenha potência inferior ao necessário para não exigir maior esforço, nem perda em eficiência de consumo que o equipamento tem.
Ventiladores: ideal que permaneçam ligados apenas quando alguém estiver usando. Deixar o ventilador ligado com antecedência para tentar refrescar um ambiente, não funciona, só serve para desperdiçar energia.
Geladeiras e freezers: manter, preferencialmente, o mais longe possível do fogão, fornos e outras fontes de calor. A borracha de vedação da porta precisa estar em boas condições para o ar frio não escapar. As prateleiras devem ficar sem forros e é necessário evitar o abre e fecha. Avalie se o uso do freezer é realmente necessário neste período.
Iluminação: quanto mais luz natural, melhor. Lâmpadas fluorescentes ou LED são as mais econômicas.
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