Usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) manifestam nesta quarta-feira (05.07), na Policlínica do Coxipó, em Cuiabá, às 19h30, contra o possível fechamento completo da unidade de saúde. Eles reivindicam a continuidade dos atendimentos durante a reforma da unidade, que ao longo de 35 anos de história, enfrentou diversas reformas, sem fechar completamente.
Já prejudicados com a falta de médicos desde sábado (1º.07) por conta da mudança estabelecida pela intervenção estadual, os moradores avaliam que poderia a ser feito uma estrutura temporária para casos de urgência e emergência, enquanto as obras estão em andamento.
De acordo com lideranças da comunidade, a intervenção estadual encaminha a urgência e emergência - Pronto Atendimento (PA) -, da Policlínica do Coxipó para a Policlínica Leblon, sem conversar com a comunidade. Segundo eles, as mudanças prejudicam a comunidade que estão desde sábado sem médico.
"Estamos reunidos com todos os presidentes de todos os bairros para ter uma solução, não queremos que tenha qualquer movimento que desabone, que tire a Policlínica do Coxipó. A intervenção quer mudar o PA , no primeiro momento, mas, querem fechar todo. Não chamou o pessoal da região para conversar. Estão tirando doto o plantão que está havendo aqui, levando sem avisar, sem conversar com a população, deixando desassistida. A unidade tem 35 anos aqui aí vem a intervenção e quer mudar, ao invés de melhorar, portando essa é nossa reclamação", reclamou.
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ANTES DA INTERVENÇÃO
Alessandro Brito, ex-coordenador da Policlínica, que ocupou o cargo por 6 anos, destacou algumas melhorias implementadas durante a gestão do prefeito Emanuel Pinheiro, entre elas, a reforma completa de um bloco, com mais de 20 leitos, incluindo leitos para adultos e crianças, além de uma área de emergência para casos graves.
Também foi utilizado o espaço Silva Freire, que estava abandonado há mais de 20 anos, para instalação do Ambulatório de Especialidade da Policlínica do Coxipó, melhorando as condições de atendimento e conforto aos pacientes. A unidade contava com equipe de saúde mental multidisciplinar composta por psiquiatras, assistentes sociais e enfermeiros especializados, bem como, foi implementado o tratamento de feridas e pé diabético, com a assistência de médicos especialistas em vascular e enfermeiras especializadas em feridas.
Consta ainda, a informatização dos sistemas durante a gestão do prefeito Emanuel Pinheiro, que resultou em um aumento significativo no número de atendimentos. Além disso, a implantação da Farmácia Satélite e Central na unidade do Coxipó foi pioneira no controle e acompanhamento das medicações dispensadas.
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