O reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), professor Evandro Soares da Silva, disse nessa terça-feira (06.12) que a instituição está com déficit financeiro na ordem de R$ 5,2 milhões em decorrência do contingenciamento de valores no orçamento realizado no Governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Neste ano, o Governo Bolsonaro bloqueou, em junho, R$ 438 milhões do Orçamento das universidades, e na semana passada efetuou novo contingenciamento na ordem de R$ 244 milhões.
Leia Mais - Bolsonaro volta a bloquear orçamento da Educação; Universidades federais estão sem dinheiro até para luz
Em reunião nessa terça (06), com representantes dos servidores docentes, técnicos-administrativos e dos estudantes da UFMT, Evandro Soares revelou que os cortes sofridos no orçamento da universidade acarreta um déficit financeiro para pagamento das despesas liquidadas, a curto prazo, na ordem de R$ 5,2 milhões.
Segundo ele, hoje a instituição tem cerca de R$ 10 mil em conta para o pagamento de despesas, incluindo as mais de 1.700 bolsas de estudantes em vulnerabilidade socioeconômica, o que, de acordo com o reitor, soma um montante de mais de R$ 564 mil.
A falta do recurso impossibilita ainda o pagamento de serviços já executados (liquidados) no mês de novembro, como restaurante universitário, limpeza, segurança, motorista, jardinagem, energia elétrica, água, telefone, internet. Os contratos que podem ficar sem pagamento são da ordem de aproximadamente R$ 3,2 milhões.
Sobre as despesas de energia elétrica, água, limpeza, segurança e demais serviços básicos, o reitor afirmou que hoje não existe recurso para efetuar o pagamento. Ele destacou que foram cumpridas todas as etapas legais quanto à execução orçamentária, mas que agora resta de fato o dinheiro para o pagamento dos compromissos já realizados pela UFMT.
Na reunião, Evandro Soares informou que já foi encaminhado ofício ao ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, solicitando o desbloqueio de recursos orçamentário-financeiros, sob pena de não pagamento de despesas essenciais e, consequentemente, a paralisação dos serviços, o não repasse de bolsas e auxílios aos estudantes e o pagamento de juros/multas pelo atraso.
Além disso, ele reafirmou que a reitoria da UFMT, ao lado da Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), tem atuado junto aos Ministérios da Educação e da Economia e ao Congresso Nacional, de modo que reverta a gravíssima situação em que as universidades e institutos federais se encontram.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).