Com a denúncia, onde mais 30 mulheres se infectaram após serem submetidas a procedimentos estéticos para eliminação das temíveis “gordurinhas” localizadas, clínicas de estética em Cuiabá estão preocupadas com a evasão de clientes. A ocorrência foi isolada e de responsabilidade da proprietária do estabelecimento, mesmo assim gerou muitos questionamentos.
A contaminação por micobacteriose, cujos efeitos são semelhantes aos de uma infecção hospitalar, foi provocado pela falta de esterilização inadequada durante a aplicação de enzimas subcutâneas, segundo laudo de laboratório especializado em infectologia. Diante da problemática exposta, os proprietários de clínicas de estética decidiram tiram eventuais dúvidas e recomendam aqueles que desejam dar início ao tratamento estético, conhecer o estabelecimento e verificar se o mesmo segue as normas da vigilância sanitária.
Aplicação de enzimas é recomendada para quebra e eliminar as células adiposas, de gorduras, o tratamento é seguro, porém, invasivo feito por meio de aplicações de injeções, sendo recomendadas no mínimo 10 sessões. O resultado é satisfatório é praticamente quase sem nenhum tipo de reação. Cada aplicação tem a combinação de até seis componentes.
Para o êxito do tratamento é necessário passar por avaliação médica e buscar referências da clínica, bem como verificar alvará sanitário, credenciamento dos profissionais junto aos conselhos de saúde, por exemplo, Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso.
Enfermeira e proprietária da Clínica Empório da Beleza, Naudia Dias, explica que antes de arriscar-se na de comprar “pacotes” de emagrecimento, é importante verificar as condições de higiene do estabelecimento e todo o material que será usado ao longo do procedimento. “As agulhas precisam ser descartáveis e as enzimas além de estarem dentro do prazo de validade, não podem ser diluídas em água ou soro fisiológico” diz.
Como conhecedora do mercado de estética, Naudia Dias, ainda esclarece que é necessário conhecer a procedência e a composição de todas as substâncias usadas nos clientes, desde um simples creme de massagem a uma enzima. Ela considera o diálogo com o cliente uns dos fatores preponderantes para o sucesso do tratamento. “Tudo tem que ser falado, conversado e questionado”.
No entanto, por se tratar de um procedimento invasivo com uso de agulhas, Náudia lembra que pode ocorrer alterações, “em pessoas mais sensíveis, há possibilidade de desenvolver reação do tipo inflamatória, assim que a região apresentar algum tipo de alteração é possível drenar o local com equipamento adequado, apresentando rescendência o tratamento pode até ser interrompido e substituído por outro”, lembra.
Outro alerta da enfermeira é quanto no caso de dor, inchaço ou até mesmo inflamação, uma clínica de boa procedência não pode receitar medicamentos para os clientes.
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