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Cidades Sábado, 07 de Setembro de 2024, 14:00 - A | A

Sábado, 07 de Setembro de 2024, 14h:00 - A | A

aumento da doença

Casos de sífilis em gestantes aumentaram 14% em Cuiabá, diz pesquisa

Pesquisa revela crescimento de 14,53% nos casos até 2019, mas pandemia pode ter impactado subnotificação nos anos seguintes

Lázaro Thor/VGN

Um estudo recente, publicado na Revista Contemporânea, lança luz sobre o preocupante crescimento da sífilis gestacional em Cuiabá, Mato Grosso, no período de 2017 a 2021. De acordo com a pesquisa, realizada por estudantes de medicina da Universidade de Cuiabá e do Centro Universitário de Várzea Grande, foram notificados 461 casos nesse intervalo, com um aumento significativo de 14,53% entre 2017 e 2019.

A sífilis, uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum, pode ser transmitida verticalmente de mãe para filho durante a gestação ou parto, o que destaca a importância da detecção e tratamento precoce em gestantes. Apesar de curável e prevenível, a sífilis continua a ser um desafio para a saúde pública no Brasil.

O estudo aponta que a maior parte das gestantes afetadas pertencia ao grupo de mulheres com idade entre 15 e 29 anos, uma faixa etária considerada de maior vulnerabilidade devido à atividade sexual e ao risco reprodutivo. Além disso, foi observada uma predominância de casos entre mulheres pardas, refletindo as condições socioeconômicas e a composição demográfica local.

Em 2020, o Ministério da Saúde implementou a Agenda de Ações Estratégicas para Redução da Sífilis no Brasil, o que, segundo o estudo, pode ter contribuído para uma redução nos casos em 2020 e 2021. No entanto, os autores alertam que essa aparente queda, de 9,11% entre 2019 e 2020, pode estar relacionada à subnotificação e ao redirecionamento de esforços dos profissionais de saúde durante a pandemia de COVID-19.

A pesquisa conclui que, apesar das ações implementadas, ainda existem falhas significativas no Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente em termos de prevenção e educação da população sobre a doença. A incidência de sífilis gestacional em Cuiabá cresceu 7,80% no período analisado, enfatizando a necessidade de fortalecer as iniciativas voltadas para a promoção da saúde e prevenção da sífilis, especialmente entre as populações mais vulneráveis.

O estudo destaca a importância de políticas públicas mais efetivas e contínuas para combater a sífilis gestacional, além de sugerir uma maior atenção à educação sexual e ao acesso a serviços de saúde de qualidade para as gestantes.

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