Os bancários de Mato Grosso, aprovaram em Assembleia Geral Extraordinária, por unanimidade, greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (06.09).
A proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste de 6,5%, abaixo da inflação do período e abono salarial de R$ 3 mil, foi rejeitada pela categoria.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso, Clodoaldo Barbosa, a proposta apresentada pelos banqueiros impõe prejuízos e perdas salariais à categoria. “Essa proposta representa perda real de 2,8% (de acordo com a inflação de 9,57%). Além disso, o índice de reajuste rebaixado significa, em um ano, uma perda de R$ 436,39 nos vales-alimentação e refeição, se levada em conta essa inflação projetada”, explica.
A greve nacional da categoria, por tempo indeterminado, será a partir de 06 de setembro, contudo, os bancários voltam a se reunir em assembleia organizativa no dia 05 e, caso a Fenaban apresente nova proposta que contemple a categoria, a greve poderá ser evitada.
CONFIRA A PROPOSTA DOS BANCOS
Reajuste de 6,5% (perda de 2,80% em relação à inflação de 9,57% dos últimos 12 meses) sobre todas as verbas salariais.
Abono salarial de R$ 3.000,00, em única parcela, que não será incorporado aos salários.
Piso portaria após 90 dias - 1.467,17 (incidência dos 6,5% aos valores atuais).
Piso escritório após 90 dias - R$ 2.104,55.
Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.842,96 (salário mais gratificação mais outras verbas de caixa).
PLR regra básica - 90% do salário mais R$ 2.153,21, limitado a R$ 11.550,90,. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 25.411,97.
PLR parcela adicional - 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.306,41.
Antecipação da PLR
Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva e a segunda até 2 de março de 2017.
Regra básica - 54% do salário mais fixo de R$ 1.291,92, limitado a R$ 6.930,50 e ao teto de 12,8% do lucro líquido - o que ocorrer primeiro.
Parcela adicional - 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2015, limitado a R$ 2.153,21.
Auxílio-refeição - R$ 31,57.
Auxílio-cesta alimentação - R$ 523,48.
13ª cesta-alimentação – R$ 524,48.
Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 420,36.
Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) - R$ 359,61.
Gratificação de compensador de cheques - R$ 163,35.
Requalificação profissional - R$ 1.437,43.
Auxílio-funeral - R$ 964,50.
Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto - R$ 143.825,29.
Ajuda deslocamento noturno - R$ 100,67.
AS REIVINDICAÇÕES DOS BANCÁRIOS
Reajuste salarial de 14,78%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação.
PLR de três salários mais R$ 8.317,90 fixos para todos.
Piso salarial de R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, como determina a legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
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