Por melhorias salariais e nas condições de trabalho, os bancários de Mato Grosso, decidiram em assembleia-geral nessa quinta-feira (25.09), entrar em greve em todo Estado a partir da próxima terça-feira (30.09).
A categoria reivindica reajuste salarial de 12,5%, aumento do PLR, Vale-cultura para toda categoria, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas como determina a Convenção 158 da OIT, aumento da inclusão bancária e combate às terceirizações. A luta da categoria também engloba mais segurança nos bancos com a prevenção contra assaltos e sequestros.
Em reunião com a categoria, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou uma proposta de 7% de reajuste salarial. Porém, os profissionais não concordaram com o valor e decidiram paralisar as atividades.
De acordo com a categoria, os 7% representam 0,61% de aumento real, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação e creche, além de 7,5% no piso (1,08% acima da inflação).
“Nossa categoria está unida e foi em decisão unânime que os bancários rejeitaram a proposta dos bancos. São R$ 28,5 bilhões de lucro dos seis maiores bancos somente neste semestre, e mesmo assim, os bancos insistem em não valorizar seus trabalhadores que adoecem e sofrem diariamente. Chega de desrespeito, por isso, nossa greve vem forte para lutar por melhorias para toda população. Nossa defesa é pelas vidas das pessoas enquanto que os bancos só pensam nos lucros”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso, José Guerra.
Segundo o Sindicato da categoria, na terça nenhuma agência do Estado deve realizar atendimento aos clientes nos caixas. Os 30% de trabalhadores que deverão continuar trabalhando, limite exigido pela Justiça, realizarão apenas serviços internos como compensação de cheques e depósitos, bem com o reabastecimento dos caixas eletrônicos.
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