O novo advogado do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Cezar Bitencourt que assumiu formalmente a defesa de Mauro Cid na noite desta segunda-feira (15.08), afirmou que Cid está sendo injustiçado ao ser mantido em uma cela dentro do Exército, e que apesar de suas reservas sobre delações premiadas, não descarta utilizá-la, se necessário. Essa é a segunda troca na defesa do militar.
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Bitencourt declarou que Cid é um oficial "que cumpre ordens acima de tudo" e que militares também cumprem ordens ilegais e injustas. Ele também disse que Cid é um "grande injustificado". As declarações foram dadas em entrevista à CNN Brasil. Bitencourt deve se encontrar nesta quarta-feira (16.08) com o militar para definir uma estratégia de defesa.
Cid está preso desde maio. Ele é suspeito de participar do esquema de desvio e venda de jóias recebidas pela Presidência e adulteração de certificados de vacina. Em relação às jóias, as acusações ganharam força após a Polícia Federal (PF) realizar uma operação que mirou Cid e outros indivíduos, incluindo seu pai, o general Mauro Lourena Cid, o advogado Frederick Wassef e o assessor Osmar Crivelatti.
Para a defesa, a possibilidade de delação premiada de Mauro Cid "não está no horizonte", mas não é descartada. Bitencourt disse que reconhece a delação como "instituto jurídico legal", mas a vê como "aberração" e que iria tratar da possibilidade com Cid. "Sou crítico [à delação], é uma aberração, na verdade. Mas se for necessário, a gente não abre mão. Guerra é guerra, né? Vamos fazer o que for necessário”, finalizou o advogado.
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