por Ednei Blasius*
O setor de Base Florestal evoluiu em muitos aspectos. Em consonância com as boas práticas de desenvolvimento sustentável, consolidamos nossas bandeiras de manter a floresta em pé, do uso consciente da madeira e benefícios do manejo florestal, ressaltando a importância ambiental e econômica deste segmento para Mato Grosso e o Brasil.
Atualmente Mato Grosso lidera a produção de madeira em tora no país, com volume anual de 4,4 milhões de metros cúbicos (m3), conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção local por meio de Planos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) inclui aproximadamente 50 espécies florestais arbóreas nativas matriculadas. O Pará ocupa o segundo lugar no ranking nacional com produção anual de 3,8 milhões (m3) de madeira em tora.
Além disso, o setor de Base Florestal está entre os dez segmentos industriais que mais arrecadam impostos em Mato Grosso, ocupando a nona posição com R$ 66,2 milhões recolhidos aos cofres do governo estadual em 2022.
Desempenha papel importante na geração de emprego e renda, ocupando diretamente 9.904 pessoas às quais foram pagos R$ 196,3 milhões em 2021, confirmando alta anual de 18,1% na massa salarial, segundo o Observatório da Indústria do Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt). Responsáveis pela maior proporção de empregos, as micro e pequenas empresas do setor de Base Florestal ocupam 7.742 pessoas ou 78,1% do total de contratados com carteira assinada pelas indústrias do segmento.
Os pequenos negócios representam a maioria (67,8%) do total de 869 empresas do setor de Base Florestal de Mato Grosso, somando 590 micro e pequenos empreendimentos. Após a crise enfrentada em 2019 e 2020 que levou ao fechamento de empresas do ramo, o setor voltou a crescer em 2022, com taxa de 42,6% acima de 2021.
Quase metade do total de municípios de Mato Grosso possuem indústrias do setor de Base Florestal. Ao todo, são 66 cidades ou 46,8% dos 141 municípios mato-grossenses com empresas do ramo.
Para continuar avançando com equilíbrio ambiental, social e governamental, de forma ética e transparente nos negócios e buscando assegurar a competitividade e perenidade das empresas, o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) ressalta a importância da participação no novo sistema do Documento de Origem Florestal (DOF). A licença obrigatória DOF+ Rastreabilidade é uma ferramenta de emissão, gestão e monitoramento do transporte e armazenamento de produtos florestais de espécies nativas do Brasil que possibilita práticas padronizadas e níveis mais elevados de responsabilidade ambiental, aspecto indispensável no cenário global.
Em Mato Grosso, o setor florestal preza pela rastreabilidade e origem da madeira nativa, por isso trabalha seguindo à risca esse novo modelo, que é um diferencial para agregar valor e ampliar o acesso deste produto aos mercados nacional e internacional.
*Ednei Blasius é presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem)
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