por Graci Ourives de Miranda *
Historicamente, em Mato Grosso, as mulheres sempre estavam inseridas nos contextos de luta pela igualdade, mesmo com todo aparato da repressão psicológica, pois, na década de 40 encontravam-se, nos garimpos e nos seringais (MIRANDA, 2014), economicamente sempre em diversificadas atividades, de sol à sol, mas, quanto ao reconhecimento era somente para o ‘másculo’ ou seja o ‘ homem’, isto é um marcador do preconceito cruel.
As mulheres, ainda não eram reconhecidas profissionalmente nem culturalmente pela sociedade. A mulher além de exercer trabalhos diferenciados para a sua ‘singela’ e delicada aparência, apresenta-se sempre com formosura, porém, objetiva no seu Sim, Sim e Não é nao!
Nos anos 40, as mulheres foram humilhadas e ainda acusadas, mas, mesmo assim, nao se curvava frente a tanta ‘desordem mental’ sobre a sua pessoa, o estar e ‘ser mulher’ lhe dava o direito de manifestar-se dotada postura de índignação. Ela somente tinha punição psicologica sobre sua pessoa, mais não estava acorrentada na “reseva mental”.
A mulher não era reconhecida, porém, na atualidade, mesmo a contragosto de alguns, são quase impostos a necessidade de tentar superar o preconceito.
Maravilhosamente a Desembargadora Póvoas, Presidente do TRE em 2015: “Nós mulheres temos um olhar diferenciado. (...) A mulher, assim como todos os segmentos, deve discutir sobre seus direitos na cidadania e em todos os cantos”. Atualmente, as Mulheres da Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT, reivindicam um espaço de igualdades, como gerador de possibilidades para transformar as nossas sociedades, economicamente, socialmente e politicamente.
Atualmente os discursos das mulheres que são gestoras evidencia o quanto as mulheres são importantes para a sociedade, basta refletir nas palavras da Presidente do TRE-MT, Desembargadora Maria Helena G. Póvoas: “Quando fui presidente da OAB me vieram com a proposta de fazer uma OAB Mulher. Eu fui contra. Eu disse que aqui nós todos somos profissionais, homens e mulheres, e quiser que entre na roda, como profissional” (PÓVOAS, 2015).
Em Mato Grosso com 141 Municípios, temos mulheres detentoras de relevante potencial e prontas para administrar os municípios. Em 2016, 11,35% mulheres foram eleitas e 88,65% homens.
Os gestores da Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT, procuram atacar e extirpar o preconceito por todas as frestas, pois a discriminação é a antítese da PAZ, estas três letras tem sido o objetivo dos gestores.
Assim, as mulheres evocam na construção de interagir e demostrar para nossa sociedade, que no interior da Instituição o espaço é púbico.
Os gestores da atualidade que exercem papel predominante, demonstram para a comunidade que devemos ter responsabilidade com tudo que é “público”, atuando com humildade, serenidade e compromisso social, este, que é um dos objetivos da Mulher na UFMT, desde a fundação em 1970, três mulheres estiveram a frente da reitoria, a primeira Luzia Guimarães, Maria Lucia Neder e a atual Reitora em seu discurso de posse em 14/10/2016, Dra, Myrian Serra, pontuou “ (...)importância de nossa defesa incondicional, em favor de uma universidade que acreditamos e entendemos.”
Impera na atualidade, ações pela dinâmica do construir e prover o melhor para sociedade, esta postura é manifesta quando visitamos alguns Departamentos da UFMT, democracia têm sido palmilhadas na gestão das mulheres.
Assim, evidenciando que o servidor Público, deve servir a sociedade, independente de credo, cor da pele ou procedência. Além do que necessitamos pontuar para os jovens, que estes são e serão: os brilhantes do nosso futuro, nossas vidas estarão em suas delicadas mãos, há possibilidade de viver o Eco da singela palavra PAZ, em todos idiomas, a partir daí, construiremos a evolução do viver com serenidade.
Então, felizmente teremos uma sociedade, sem conflitos, se extirparmos a palavra pior que câncer: preconceito. Nunca segregar, todos somos pessoas e exigir de nós mesmos a distância ao assistencialismo, e, viver mais respeito pelas diferenças.
Esperamos evoluir diante da crueldade preceituosa, que permeia na nossa sociedade, e foi tão bem descrita pela Desembargadora Dra. Maria Helena Póvoas, em 2015 “Enfrentamos muitas barreiras no Poder Judiciário. Mas as mulheres já mostram que tem capacidade para lutar de igual para igual. Nós não queremos concessão não, nós queremos abrir picada no braço (...)”.
Há de se notar que, no Tribunal de Contas do Estado, TCE-MT, Assembleia Legislativa, Procurador Geral de Justiça-MT, até a presente data, nenhuma MULHER, alguns estabelecem na alternância de poder, porém, elas? São parcialmente ‘isolada’ MULHERES, também são “mentes” pensantes, porém, alguns homens dificultam refletir sobre gêneros? Até quando?
A mulher tem competência, e deve fazer parte do mundo colorido, neutro, amarelo roxo e preto e branco também, assim, para assinar propostas e cheques. Ainda o que nos preocupa é que “reserva mental” de muitos escritores, esqueceu-se de abordar as competências das Mulheres e seus valores culturais. Será? Porque, eram os homens ‘detentores’ presidentes da caneta para assinar os projetos para serem elaborados os livros? Com mulheres nós construiremos um mundo com mais justiça, colorido e verdadeiramente voltado para o mundo globalizado.
A defensora Rosana Antunes de Barros (2015) teceu: “A discriminação é a antítese da igualdade”. Enquanto, também uma sábia mulher, Senhora Lucila Azélia de Souza Teixeira (2006), pontuou que a mulher além de dotada intelectualmente “(...) meiguice e bondade. Sempre preocupa com todos”. Conclui-se que a UFMT, está em plena evolução, por igualdade. Mesmo tendo que enfrentar lutas acirradas como ocorreu em 2016, caso da reitora Dra Myrian Serra e a atual diretora da FAET, Profa Dra Margarida Marchetto.
Graci Ourives de Miranda é escritora e professora em Mato Grosso.
Brasil unido pelo Rio Grande do Sul
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).