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Artigos Terça-feira, 01 de Novembro de 2016, 14:23 - A | A

Terça-feira, 01 de Novembro de 2016, 14h:23 - A | A

opinião

Eleição de Cuiabá em números

                                                                                                                                         por João Edisom*

Os números não dizem tudo, mas relevam muitas coisas sobre o que um povo diz, pensa e faz. A eleição para prefeito em Cuiabá é um exemplo de que ainda há uma distância muito grande entre o que as pessoas dizem e o que fazem no isolamento das urnas. Tudo isso porque as pessoas tendem a ser mais rígidas moralmente quando falam do que quando agem.

Antes de saber quem seriam os candidatos as pessoas diziam: “Queremos um candidato novo. Diferente de tudo que está aí. Precisamos ter tudo novo”. “Queremos gente nova, que nunca participou do processo eleitoral, precisamos renovar a política”. “Queremos gente comprovadamente honesta”. Estas frases são cantadas em prosas por gente especializada ou analfabeta, mas na hora de votarem fazem isso?

Vamos analisar os números e as pessoas:

PRIMEIRO TURNO: Cuiabá tinha 415.098 pessoas aptas para votarem. Destes, 19,91%, ou 82.646 pessoas, não compareceram para votar, 14.224 votaram em branco e 31.103 anularam o voto. Ou seja, 287.111 escolheram um dos candidatos, distribuídos da seguinte maneira: Emanuel Pinheiro (PMDB) 98.051 votos; Wilson Santos (PSDB) 81.531 votos; Procurador Mauro (PSOL) 71.336 votos; Julier Sebastião (PDT) 23.307 votos; Serys Slhessarenko (PRB) 9.242 votos e; Renato Santtana (REDE) 3.644 votos.

Vamos aos discursos dos eleitores:

A primeira frase: “Queremos um candidato novo, diferente de tudo que está aí, precisamos ter tudo novo”. Pois bem, quem melhor se encaixava neste perfil era o Renato Santtana da REDE, partido novo, candidato pela primeira vez, ideias inovadoras. Este, dos 415 mil, conquistou tão somente 3.644 votos.

A segunda frase: “Queremos gente nova que nunca participou do processo eleitoral. Precisamos renovar a política”. Neste aspecto encaixaria bem o candidato do PDT, Julier Sebastião. Nunca tinha sido candidato, mas obteve apenas 23.307 votos dos 415.098 que poderiam votar.

A terceira frase: “Queremos gente comprovadamente honesta”. Neste quesito inquestionavelmente Serys Slhassarenko (PRB) se encaixa, pois tem mais de quatro décadas de atividade pública, dentre elas professora da UFMT, secretária municipal e estadual de educação, deputada estadual e senadora sem envolvimento em escândalos e não responde a nenhum tipo de processo. Mesmo assim, dos 415.098 votos obteve somente 9.242.

Onde foi parar então os votos dos que tanto clamam por honestidade e inovação na política? Bem, 71.336 foi para o Procurado Mauro, o eterno candidato do PSOL. Candidato que não diz nada e não faz nada apesar de ser candidato comprovadamente honesto e estar em um partido cujo grau de envolvimento com corrupção é quase zero. E, pasmem, 179.867 votos para os dois candidatos que mais estão citados em investigações e CPIs. Além de representarem partidos que ocupam o topo na lista de políticos envolvidos em corrupção, PMDB e PSDB.

SEGUNDO TURNO: Bem, no segundo turno estavam aptos para votar 415.098 eleitores. Destes, 311.615 rejeitaram o candidato Wilson Santos, do PSDB, e 257.221 rejeitaram o candidato eleito Emanuel Pinheiro, do PMDB. Parem tudo! Temos que mudar as regras eleitorais e começar a gostar de democracia.

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