por Everthon Martins Ferreira*
Estamos enfrentando no Brasil, o início de uma crise provocada pela pandemia da Covid 19, o vírus que se espalhou de forma avassaladora pelo mundo e tem abalado a economia de um modo jamais visto. O cenário de caos tem gerado medo e descrença em relação ao futuro em várias empresas. Toda essa instabilidade, porém, dá aos empreendedores, uma grande oportunidade para refletir sobre novas possibilidades para o seu negócio.
Conta a história que um menino pobre estava triste sentado na calçada do lado de fora da sua casa. O que ele mais desejava era ter um cavalo, mas não tinha dinheiro. Nesta dia passou em sua rua uma cavalaria, que levava um potrinho incapaz de acompanhar o grupo. O dono da cavalaria, vendo a tristeza do menino, perguntou se ele queria o cavalinho. Exultante o menino aceitou.
Um vizinho, tomando conhecimento do ocorrido, disse ao pai do garoto: "Seu filho é de sorte!" "Por quê?", perguntou o pai. "Ora", disse ele, "seu filho queria um cavalo, passa uma cavalaria e ele ganha um potrinho. Não é uma sorte?" "Sorte ou azar, só o tempo dirá!", comentou o pai.
O menino cuidou do cavalo com todo zelo, mas um dia, o animal fugiu. Desta vez, o vizinho diz: "Seu filho é azarento, hein? Ele ganha um potrinho, cuida dele até a fase adulta, e o potro foge!" "Sorte ou azar, só o tempo dirá!", repetiu o pai.
O tempo passa e um dia o cavalo volta com uma manada selvagem. O menino, agora um rapaz, consegue cercá-los e fica com todos eles. Observa o vizinho: "Seu filho é de sorte! Ganha um potrinho, cria, ele foge e volta com um bando de cavalos selvagens." "Sorte ou azar, só o tempo dirá!” responde novamente o pai.
Mais tarde, o rapaz estava treinando um dos cavalos, quando cai e quebra a perna. Vem o vizinho: "Seu filho é de azar! o cavalo foge, volta com uma manada selvagem, o garoto vai treinar um deles e quebra a perna." "Sorte ou azar, só o tempo dirá!”, insiste o pai.
Dias depois, o reino onde moravam declarou guerra ao reino vizinho. Todos os jovens foram convocados, menos o rapaz que estava com a perna quebrada. Ao final da guerra, a maioria dos jovens havia morrido. O vizinho: "Seu filho é de sorte...""Sorte ou azar, só o tempo dirá!”
O que vai definir o rumo do seu negócio no cenário pós-crise, será justamente a percepção que você, como empresário, decidirá ter diante de cada circunstância adversa. Quero hoje te encorajar e dizer que é possível aproveitar a crise para apreender e crescer. Enxergar somente o lado ruim da situação irá resultar em uma vida de reclamação e ingratidão – e o pior, sua empresa continuará no vermelho.
Que tal aproveitar esse tempo para promover uma transformação digital e remodelar completamente seu negócio? É o que muitas empresas têm feito em meio à pandemia. Sem dúvida a transformação digital será um dos grandes ganhos dos empreendedores no pós-crise. Quando tudo acabar e a economia retomar seu ritmo, os negócios que se digitalizaram estarão em outro patamar de atendimento e comunicação com seus clientes.
Embora, infelizmente, algumas empresas – grandes ou pequenas – terão prejuízos com a paralisação de suas atividades, prefiro ajustar o foco no fato de que muitos negócios se consolidarão, saindo da zona de conforto (estabilidade) e inovando.
O primeiro passo para quem deseja inovar, gerar melhorias em seu negócio e sair da “média”, é olhar para as necessidades do mercado e responder a seguinte pergunta: como posso resolver as necessidades do meu cliente?
Saia da crise mais forte e preparado para o novo mercado que te espera! Que num futuro próximo, todos possam dizer que você é um empresário de sorte, embora eu e você saibamos que, o sucesso da uma empresa não tem nada a ver com isso.
*Everthon Martins Ferreira é assistente do Núcleo de Gestão de Soluções do Sebrae Mato Grosso.
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