por Emanuel Pinheiro da Silva Primo*
Com a pandemia longe de mostrar indícios de um fim, 2022 repete fatores de preocupação do ano anterior para as atividades mais básicas e cotidianas do mato-grossense. Com a pandemia longe de mostrar indícios de um fim, 2022 repete fatores de preocupação do ano anterior para as atividades mais básicas e cotidianas do mato-grossense.
Como o valor do petróleo tem subido, a tendência é que o custo na bomba também suba. Aliás, após pouco mais de dois meses perto de uma pequena estabilidade, lá está o brasileiro pagando novamente até mais de R$7 reais por litro e essa semana teve nova alta.
Essa valorização da gasolina na rotina brasileira não é mera coincidência, pois o peso no orçamento familiar começou a surgir a partir das novas políticas adotadas pelo então presidente da Petrobras, Pedro Parente em 2016.
Ainda nas gestões anteriores, com a nova estratégia comercial o nosso combustível passou a ser um pouco menos “nosso”, já que vem sendo negociado com base no mercado internacional.
A pergunta é quase óbvia, mas: com o câmbio hoje, quantos dólares um mato-grossense compra com R$1 real?
A conta não fecha e piora quando lembramos que nosso país é atuante na produção do petróleo, tão essencial para o mercado de combustíveis.
Na expectativa dos especialistas, no primeiro trimestre de 2022, haveria uma queda de 5,94% na gasolina vendida por R$6,18. Acontece, que já em janeiro, houve mais um aumento e grande parte do país se aproxima dos R$7. Ou seja, tem que melhorar demais pra piorar só um pouco pra quem já está sacrificando muita coisa para abastecer seu carro, sua moto.
Com a disparada do dólar, a luz vermelha é acionada. É preciso dar atenção ao que é essencial para a economia brasileira, para a rotina do pai de família, para os trabalhadores que perderam seus empregos durante os dois anos de pandemia e investiram os últimos centavos, em um veículo para trabalhar por aplicativo.
O Senado Federal tem se movimentado para aprovar o “Programa de Estabilização” do preço do barril do petróleo e derivados no Brasil, em fevereiro. A Câmara já avançou na pauta, aprovando em 2021 o projeto que acaba com a variação do percentual do ICMS que incide sobre os combustíveis, que é de minha autoria.
A pergunta é: quando a política da Petrobras vai ser questionada e atualizada?
Como parlamentar, entendo e valorizo a autonomia que a Petrobrás tem hoje, no entanto, não é possível que haja avanço sólido da economia, se somente o mercado internacional é valorizado. É preciso mudar, olhar pra dentro, valorizar também a condição de produtor e criar políticas que evitem que o brasileiro estanque.
*Emanuel Pinheiro da Silva Primo, é deputado Federal por Mato Grosso
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