A trégua entre Israel e o Hamas foi rompida de forma abrupta após uma série de intensos bombardeios israelenses à Faixa de Gaza, realizados na madrugada desta terça-feira (18.03), pelo horário local. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, os ataques deixaram cerca de 413 mortos e ao menos 660 feridos. Esta foi a ação militar mais letal na região desde o início do cessar-fogo, em janeiro.
De acordo com informações do site G1, um comunicado do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que a ofensiva foi motivada pela recusa do Hamas em libertar reféns ainda mantidos no enclave palestino, e por rejeitar propostas de avanço nas negociações de paz. “Israel atuará, a partir de agora, contra o Hamas com força militar crescente”, afirmou o governo, sinalizando que novas ofensivas podem ocorrer nos próximos dias.
Os ataques, conduzidos pelas Forças Armadas israelenses em coordenação com a Agência de Segurança de Israel (inteligência do país), atingiram diversas áreas da Faixa de Gaza, incluindo a Cidade de Gaza, Deir Al-Balah, Rafah e Khan Younis. Segundo a Defesa Civil local, foram registrados 35 ataques aéreos em menos de 24 horas.
Segundo a reportagem, hospitais palestinos relataram um colapso no atendimento, diante do alto número de feridos. Médicos ouvidos pela agência Reuters informaram que entre os mortos estão várias crianças Inicialmente, o número de vítimas foi atualizado ao longo da manhã: 200, depois 254, até alcançar a cifra de 413 mortos, conforme divulgado pelo Hamas.
Entre as vítimas está Mahmoud Abu Watfa, integrante da alta cúpula de segurança do Hamas. O grupo acusa Israel de romper o cessar-fogo de forma unilateral, colocando em risco a vida dos reféns ainda detidos em Gaza, que agora estariam em “destino incerto”, segundo nota do grupo.
Diante da escalada da violência, Israel suspendeu aulas nas comunidades próximas à Faixa de Gaza e emitiu ordens de evacuação para áreas do território palestino. A movimentação de civis palestinos deixando suas casas foi intensa nas primeiras horas da manhã.
O cessar-fogo vigente desde 19 de janeiro, dividido em três etapas, previa uma pausa total nos combates e troca de reféns por prisioneiros palestinos. A primeira fase terminou em 1º de março, sem consenso para uma extensão. O fracasso nas negociações levou Israel a bloquear a entrada de ajuda humanitária na região. (Com informações do G1)
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