Um adolescente de 16 anos armado com duas facas invadiu a Escola Classe 16 da Estância, em Planaltina, Distrito Federal, na tarde desta quarta-feira (21.08), e manteve uma professora como refém. O incidente mobilizou o Batalhão de Operações Especiais (Bope) para realizar as negociações.
O caso teve início por volta das 13h, quando o adolescente, que havia chegado ao Distrito Federal há dois meses vindo do Piauí, Pernambuco, entrou na escola em horário distinto do habitual. Segundo seu tio, A.J., 50, com quem o jovem mora, o adolescente é aluno do período noturno do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), e não deveria estar na escola naquele momento.
Logo após a invasão, a escola foi rapidamente evacuada, com todas as crianças sendo retiradas a tempo de evitar qualquer tragédia maior. No entanto, a professora feita refém sofreu um leve corte no pescoço durante o confronto inicial. Equipes do Bope chegaram ao local e, após quase uma hora de negociação tensa, conseguiram deter o adolescente sem maiores incidentes. Com ele, foram apreendidas as duas facas utilizadas para ameaçar a professora.
As primeiras informações apontam que o adolescente estava sob efeito de drogas no momento do ataque. O tio do jovem revelou que o sobrinho estava em tratamento psiquiátrico e vinha tomando medicação. "Ele não queria estudar, mas o Conselho Tutelar exigiu, e ele começou as aulas na segunda-feira", desabafou A.J. em entrevista ao site Correio Braziliense.
Ainda não se sabe o que motivou o adolescente a invadir a escola e cometer o ato de violência. A Polícia Civil está investigando as circunstâncias do crime, buscando entender o que pode ter levado o jovem a tal atitude, especialmente considerando que ele havia começado os estudos na escola há apenas dois dias.
O adolescente foi encaminhado à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), onde deve responder pelos seus atos. A professora, embora abalada, passa bem e não sofreu ferimentos graves.
A direção da Escola Classe 16 da Estância ainda não se pronunciou oficialmente, mas a expectativa é que novas medidas sejam tomadas para garantir a segurança dos estudantes e funcionários. (Com Correio Braziliense)
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