No Pantanal, considerado um dos maiores celeiros de cria do Brasil, são produzidos anualmente quase dois milhões de bezerros que sobem ao Planalto Central para recria e engorda. Tradicionalmente, a estação de monta no bioma emprega a monta natural, mas a biotecnologia está cada vez mais presente nas fazendas de cria. Assista ao vídeo abaixo e confira.
Vantagens da inseminação artificial
De acordo com Urbano Gomes de Abreu, pesquisador da Embrapa Pantanal, e Juliana Correia Borges Silva, pesquisadora da Embrapa Gado de Corte, as tecnologias de cria e a IATF proporcionam uma melhoria significativa na eficiência reprodutiva e na gestão dos rebanhos.
A IATF elimina a necessidade de observação de cio, ajudando a sincronizar e melhorar a taxa de prenhez das vacas, especialmente aquelas em anestro.
Desafios e soluções específicas para o Pantanal
A logística no Pantanal é desafiadora devido às grandes distâncias e à complexidade do manejo. No entanto, com planejamento adequado, como enfatiza Juliana Silva, esses obstáculos podem ser superados.
A infraestrutura de manejo e armazenamento de sêmen refrigerado, por exemplo, é vital para o sucesso da IATF.
A implementação dessa biotecnologia tem mostrado um aumento significativo na taxa de prenhez, aproximando os índices dos obtidos em regiões mais desenvolvidas como o Planalto.
Planejamento e execução para bons resultados
A IATF adapta-se bem às condições do Pantanal quando há um planejamento cuidadoso. Abreu destaca que, além da condição corporal das vacas, é essencial uma equipe bem treinada e uma infraestrutura adequada, incluindo currais e troncos.
Inovação na prática da inseminação
Outro avanço mencionado é o uso de sêmen refrigerado, uma biotecnologia que permite melhorar a genética do rebanho de forma eficiente.
Coletar o sêmen de touros melhoradores e utilizá-lo no dia seguinte ao protocolo de IATF tem aumentado as taxas de prenhez em comparação ao uso de sêmen congelado.
Tecnologia crescente na região do Pantanal
A adoção da IATF no Pantanal está crescendo e trazendo benefícios substanciais para a pecuária da região.
A tecnologia não só melhora a eficiência reprodutiva e a qualidade genética dos rebanhos, como também promove uma gestão mais precisa e eficaz, adaptada às particularidades do bioma. (Fonte: Giro do Boi)
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