Soldados russos bêbados espancaram e castraram dois prisioneiros de guerra ucranianos com canivete dentro de um campo de tortura. Os sobreviventes, de 25 e 28 anos, disseram ter sido mantidos num campo de tortura russo por um e três meses, respectivamente. Os soldados de Vladimir Putin colocaram os dois em uma experiência "pior que o inferno" e só encontraram a liberdade após uma troca de prisioneiros. De acordo com Kiev, as forças russas abrem bases de tortura em quase todas as cidades ocupadas por elas na guerra.
Ambos estão recebendo apoio psicológico de Anzhelika Yatsenko, de 41 anos, que fez a denúncia da atrocidade. Ela teme que o trauma que enfrentaram não esteja apenas gravado em seus corpos, mas também nas mentes.
Ambos lutaram para contar a Yatensko o que aconteceu dentro do campo durante o primeiro mês sob seus cuidados, disse a psiquiatra, radicada em Poltava, na região central da Ucrânia, ao jornal "The Sunday Times", em reportagem publicada no último fim de semana. Após, venceram a barreira, os militares revelaram o que passaram nas mãos dos russos, em sessão de muito choro.
"Nunca tinha ouvido nada tão horrível. Não queria que eles vissem, pois poderiam pensar que não há esperança", disse ela, acrescentando que um dos homens luta para saber como ele está vivo, pois havia "muito sangue".
Segundo as vítimas, os seus algozes decidiram castrá-los "para que nunca pudessem ter filhos", em um ato que Anzhelika descreveu como "genocídio".
Ambos os soldados foram dispensados dos cuidados de Anzhelika e voltaram ao serviço no Exército ucraniano, que combate os invasores desde fevereiro do ano passado.
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