O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes prorrogou nesta sexta-feira, 19, as prisões de Sara Fernanda Geromini, conhecida como Sara Winter, e outros cinco presos temporariamente no âmbito do inquérito de apura a organização de atos antidemocráticos. A decisão de Moraes, que estende as prisões temporárias de cinco dias por mais cinco, foi tomada a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Líder do movimento extremista 300 do Brasil, que apoia o presidente Jair Bolsonaro, Sara Winter foi presa pela Polícia Federal na manhã da segunda-feira, 19. Nesta quinta-feira, 18, a ministra do STF Cármen Lúcia negou pedidos de liberdade da militante bolsonarista.
Em sua decisão, Moraes também autorizou que Sara e os demais presos sejam mantidos em celas destinadas a presos que sofrem risco de retaliação dentro da cadeia. Segundo a defesa da militante, ela sofreu ameaças na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia.
Sara foi presa pela PF pouco mais de um dia depois do disparo de fogos de artifício contra o prédio da Corte por membros do grupo liderado por ela. A agressão à Corte ocorreu no mesmo dia em que a Polícia Militar do Distrito Federal desmontou o acampamento do 300 do Brasil que estava em frente ao Ministério da Justiça. Neste domingo, o ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo, reagiu ao ataque e afirmou que a Corte “jamais se sujeitará, como não se sujeitou em toda a sua história, a nenhum tipo de ameaça, seja velada, indireta ou direta e continuará cumprindo a sua missão”.
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