Maria dos Santos Feitosa, 51 anos, é diretora da Escola Municipal Professor Joaquim Gilberto, em Luziânia (GO), no Entorno do Distrito Federal. Na última semana, a mãe de uma estudante teria cometido o crime de racismo contra a educadora, dizendo que ela não teria capacidade de ocupar o cargo da diretoria por ser negra.
Maria é professora da escola há 15 anos, mas assumiu a direção do centro educacional em janeiro último. Ela conta que a mulher acusada de racismo foi convidada para uma reunião sobre o comportamento da filha.
Segundo a educadora, depois de uma conversa sobre a possibilidade de trocar a estudante de classe, a mãe disse: “Você (Maria) não tem competência pra ser diretora. Você é negra. Você só tem o cabelo liso porque ele é alisado de formol”.
Mesmo sendo alertada sobre as ofensas com teor racista, a mulher repetiu as palavras e falou que iria ligar para uma deputada para tirar a diretora do cargo. “Mais uma vez, pedi para ela parar porque senão eu ia ligar para polícia. Falei que ela estava me humilhando, dizia que aquilo
era racismo, e ela continuou proferindo as mesmas palavras”, conta Feitosa.
A diretora relembra, ainda, que a mulher tentava se justificar, alegando que sua filha também era negra, mas tinha um tom de pele mais claro e um cabelo mais bonito. Depois da situação, Maria dos Santos fez um boletim de ocorrência contra a mãe.
Outro lado
O Metrópoles entrou em contato com a mulher acusada de racismo. Não houve retorno até a publicação desta matéria. O espaço continua aberto para manifestações.
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