O ex-atleta sul-africano Oscar Pistorius foi inocentado de matar intencionalmente a namorada, a modelo Reeva Steenkamp, na manhã desta quinta-feira (11), em um tribunal da África do Sul. Pistorius ouviu a sentença muito emocionado. Ele também foi inocentado de premeditar a morte, mas ainda pode ser condenado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A leitura começou por volta de 4h45 (no Brasil), pela juíza Thokozile Masipa. O veredito coloca fim a um processo que começou em 3 de março.
Pistorius sempre afirmou ter disparado por medo ao confundir a ex-namorada com um ladrão em sua casa.
"O Estado não provou além de qualquer dúvida razoável que o acusado é culpado de assassinato premeditado. Simplesmente não há fatos suficientes para sustentar essa conclusão", disse a juíza.
A sessão começou com um repasse das conclusões finais e os pedidos de pena feitas pela defesa e pela acusação, e continua com uma análise das declarações das testemunhas.
Segundo fontes jurídicas, a exposição do veredicto poderia se estender até sexta (12), pois a magistrada repassará um por um o testemunho das 37 testemunhas - incluído Pistorius -, e explicará quais partes aceita de cada uma das declarações.
Após emitir o veredicto, Masipa pode demorar várias semanas para emitir a sentença do atleta.
A promotoria, representada por Gerrie Nel, sustenta que o corredor matou intencionalmente Steenkamp após uma discussão que teria sido ouvida por alguns vizinhos. O promotor pediu que Pistorius fosse condenado a prisão perpétua pelo crime de homicídio. Se fosse condenado, Pistorius poderia cumprir ao menos 25 anos, como prevê a lei sul-africana.
O velocista enfrenta também outras três acusações relacionadas com armas de fogo: duas delas por disparar em lugares públicos e uma terceira por posse ilegal de munição.
Pistorius atirou quatro vezes pela porta do banheiro em sua namorada em sua casa de Pretória, na madrugada de 14 de fevereiro de 2013. Ele se declarou inocente. A defesa argumenta que Pistorius atirou acreditando se tratar de um invasor em sua casa, e por isso pede sua absolvição.
Grande parte de sua família o acompanha no tribunal, sentada num banco mais próximo a ele.
O julgamento do atleta começou em 3 de março e terminou em 8 de agosto, após promotoria e defesa apresentarem suas conclusões finais.
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