O ex-ator Guilherme de Pádua, condenado pelo assassinato da atriz Daniella Perez, em 1992, fez uma doação R$ 1 via Pix à campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, e aderiu a um movimento bolsonarista que, segundo aliados do presidente, surgiu nas redes sociais para fazer uma espécie de "contagem paralela" dos votos em Bolsonaro.
Hoje atuando como pastor evangélico de uma igreja em Belo Horizonte, Pádua fez a transferência para a conta da campanha de Bolsonaro no dia 12 de setembro, segundo a prestação de contas feita pelo presidente ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
No mês passado, apoiadores de Bolsonaro vincularam a iniciativa a uma contagem paralela de votos contra fraudes na urna. O presidente defende essa tese desde o início de seu governo, mas nunca apresentou nenhuma prova concreta de que o sistema eleitoral brasileiro já foi fraudado.
O raciocínio por trás dessas doações de valores pequenos seria o de que, verificando as pessoas que doaram R$ 1 a Bolsonaro, eles poderiam confrontar essa quantidade com o resultado oficial da eleição. No entanto, integrantes da campanha do candidato à reeleição dizem que esse discurso não partiu do comitê.
Pelas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente, chegou a divulgar uma mensagem pedindo as doações e reforçou que a campanha estava do pai estava precisando de dinheiro.
"Surgiu espontaneamente uma campanha de doação de R$ 1,00 para a campanha do Presidente Bolsonaro (assim como há outra de R$ 1.022,00 de produtores rurais). Informo que doação de qualquer valor é bem-vinda, desde que seja do seu coração. E, sim, estamos precisando", escreveu o parlamentar.
A deputada Carla Zambelli (PL-SP), por sua vez, gravou um vídeo para incentivar os eleitores a transferirem o Pix para a campanha do presidente.
"Tem muita gente falando: doa 1 real porque a gente vai saber quantas pessoas vão votar no presidente. Na verdade, não é nem por isso que a gente pede a sua doação. A gente pede a doação para ajudar mesmo a campanha presidente porque é uma campanha cara e a sua contribuição pode fazer a diferença", disse.
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