A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI das Obras da Copa do Mundo) realizou mais uma reunião ordinária, nesta terça-feira (28.04) na Assembleia Legislativa. Desta vez para ouvir o Superintendente Regional da Caixa Econômica Federal em Mato Grosso, Carlos Roberto Pereira e o auditor do Estado, Marcelo Zavan.
Em depoimento, o superintendente da Caixa Econômica Federal, Carlos Roberto Pereira, eximiu a instituição bancaria de qualquer irregularidade. Segundo ele, as obras físicas estão dentro do cronograma financeiro. “Todas as obras estão sendo avalizadas e liberadas com rigor”, disse Pereira.
Questionado sobre uma auditoria do Estado e constatado um desvio de R$ 200 milhões à execução das obras, Pereira disse que a Caixa tem um contrato com o Estado, este com as fornecedoras, e é somente essa a relação Caixa/Estado. “Se as obra são executadas e concluídas, são pagas”, afirmou o Superintendente.
Para o presidente da CPI, Oscar Bezerra (PSB), a Caixa Econômica deveria ter um rigor maior na fiscalização das obras da Copa. Se não o fez, isso causa preocupação à sociedade. Para Bezerra é visível as irregularidades em todas as obras executadas para a Copa do Mundo.
“Isso é visível em todas as obras. No VLT, nas trincheiras e nos viadutos. Mas mesmo diante dessas irregularidades, elas têm anuência da Caixa Econômica. Isso é preocupante. Precisamos compreender quais foram os critérios usados pela Caixa para aprová-las sem consistência”, analisou Bezerra.
O auditor do Estado, Marcelo Zavan, afirmou aos parlamentares da CPI que os auditores não tiveram acesso aos relatórios da Planservi. Entretanto, os relatórios de 2014 foram constatados várias irregularidades. “Os relatórios apontavam fisuras, dilatação no viaduto da Sefaz, irregularidades nas obras do viaduto da UFMT e da MT-040, no Tijucal”, observou Zavan.
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