Os quatro vigilantes que espancaram até a morte o venezuelano Hidemaro Ivan Sanchez Camaho, na noite do dia 03 de fevereiro, nas dependências do Terminal Rodoviário Engenheiro Cássio Veiga de Sá, em Cuiabá, foram indiciados por homicídio qualificado (com recurso que impossibilitou ou dificultou a defesa da vítima).
Conforme a Polícia Civil, a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá concluiu o inquérito e remeteu ao Poder Judiciário na última quinta-feira (13).
O delegado Nilson André Farias destacou que os vigilantes, após espancarem a vítima, não agiram para proporcionar o socorro adequado. “Eles tiveram a oportunidade de prestar socorro. Como vigilantes, eles também são responsáveis e garantidores da integridade física das pessoas”, explicou o delegado.
Venezuelano foi socorrido, mas morreu no HMC
Após ser espancando, Hidemaro foi socorrido pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), um corte profundo na cabeça e diversas escoriações pelo corpo e morreu na madrugada de 4 de fevereiro.
Prisão em flagrantes dos vigilantes
Os vigilantes, com idades de 68, 48, 55 e 33 anos, foram presos em flagrante no mesmo dia. Imagens de câmeras de segurança da plataforma 1, do terminal rodoviário, mostraram a vítima sendo espancada pelos suspeitos, em uma área próximo ao embarque de ônibus.
Na sequência, a vítima correu para a plataforma, tropeçou e caiu, sendo seguida pelos vigilantes que voltaram a espancá-la, inclusive, com chutes, e depois a imobilizaram.
Hidemaro Camaho tinha 50 anos e estava no Brasil desde 2019.
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