Os dois vereadores do município de Nova Ubiratã, Reinaldo de Freitas e José Itamar Marcondes, denunciados pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso por tráfico de drogas, foram condenados, cada um, a 10 anos e quatro meses de prisão. A sentença foi proferida nesta quinta-feira (18). Os dois estão presos desde o mês de julho.
“As práticas atribuídas aos denunciados representam fator de grave desestabilização da ordem pública, pois além de se dedicarem às condutas acima (tráfico de drogas), chegaram a ponto de cogitar o assassinato de policiais militares, os quais estariam obstaculizando a venda de drogas na Comarca”, destacou o juiz Jacob Sauer, em um trecho da sentença.
Segundo o promotor de Justiça Carlos Roberto Zarour, as prisões dos vereadores ocorreram durante operação realizada pelo Ministério Público Estadual, por meio da Promotoria de Justiça do município e do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Os réus chegaram a impetrar habeas corpus até mesmo no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas não obtiveram êxito.
Além dos parlamentares, também foram condenados Alexsandro Almeida Miranda (10 anos e quatro meses de reclusão); Geovane Melo Silva (05 anos e quatro meses de reclusão); Iago Vinícius de Santos Silva (09 anos de reclusão); e Neimar Gilberto Sousa Rosa (04 anos e quatro meses de reclusão);
Constou no processo, que integrantes do grupo chegaram a oferecer uma quantia de R$ 15 mil para a execução de policiais militares que atuavam no caso e praticaram de forma reiterada os crimes de tráfico de drogas previstos no artigo 33 da Lei 11.343/06. Além da venda de entorpecente, eles adquiriram, prepararam, transportaram, armazenaram e ofereceram o produto para consumo.
Os entorpecentes, conforme denúncia do Ministério Público, eram adquiridos em Cuiabá e Sorriso e guardados em um depósito que funcionava dentro de estabelecimento comercial, na cidade de Nova Ubiratã. O local era utilizado como ponto de encontro dos traficantes que, sob o pretexto de cortar o cabelo, se reuniam para preparar e combinar a venda dos entorpecentes. Para isso, menores eram cooptados para fazer a distribuição.
Conforme o Ministério Público, a quadrilha começou a ser desbaratada com a operação “Pistolagem em Neve Branca” realizada pela Polícia Judiciária Civil em parceria com a Polícia Militar.
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