Uma mulher ainda não identificada foi assassinada na Cohab Santa Fé, em Várzea Grande, na noite desta sexta-feira (09.08). De acordo com informações obtidas pela reportagem do , o irmão do ex-marido da suspeita foi quem atirou na vítima. O pai, o irmão e o atual namorado da vítima foram presos e alegaram que atiraram em legítima defesa.
A troca de tiros ocorreu depois que o atual namorado da vítima e ela foram até a oficina de motos onde o ex-namorado da vítima trabalha. Algumas das informações iniciais indicam que o casal teria ido até o local para cobrar pensão da filha do antigo relacionamento da vítima. No local, a vítima e o atual namorado teriam quebrado o carro e ameaçado o ex.
O crime ocorreu depois que o irmão do suspeito, que é CAC, reagiu às ameaças e disparou. O atual namorado da vítima revidou, e, durante a troca de tiros, a mulher acabou sendo atingida.
"Eu nunca fui algemado na minha vida, só pisei na delegacia para fazer boletim de ocorrência por conta de crimes que cometeram contra mim", comentou o irmão do ex e autor do disparo, que contou que vinha sendo ameaçado há dois anos. "A arma é minha, tenho uma arma registrada. O que eu tenho para dizer é que foi uma fatalidade, a gente não queria chegar a esse ponto, ele chegou lá e já tirou a arma, foi tudo muito rápido", comentou o suspeito, que está detido.
O atual namorado da vítima fugiu do local e buscou ajuda na Unidade de Pronto Atendimento após ter sofrido disparos no braço. Da UPA, ele foi encaminhado para o Pronto-Socorro de Várzea Grande.
O delegado Marlon Luza, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que a vítima foi atingida por muitos tiros e que será analisada a possibilidade de feminicídio em razão da vítima ter parentesco com o autor do crime.
"Pela dinâmica da situação, não é possível, preliminarmente, apontar legítima defesa, até porque a vítima do homicídio consumado sofreu diversos disparos no tórax e no rosto, o que não indica legítima defesa. Essa análise será feita pelo delegado e, a partir daí, poderemos retirar ou inserir essa possibilidade de legítima defesa. Mas, nesse momento, não há como precisar", afirmou o delegado.
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