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Polícia Quarta-feira, 12 de Outubro de 2022, 13:25 - A | A

Quarta-feira, 12 de Outubro de 2022, 13h:25 - A | A

Terceirizados

Três funcionários são presos por fraudarem classificação de soja em MT

Os funcionários são terceirizados e recebiam para fraudar a classificação

Edina Araújo/VGN

Três funcionários foram presos em flagrante por estelionato e associação criminosa, nessa terça-feira (11.10), em Lucas do Rio Verde (a 360 km de Cuiabá), após Amaggi denunciar fraude no processo de classificação de soja comprado de uma empresa de Sorriso (a 418 km de Cuiabá).

Consta do Boletim de Ocorrência (BO), que os funcionários S.J.C.L, R.S.O., Ê.O.A, confessaram o crime para equipe da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e contaram como fraudavam e quanto cada um recebia. Consta ainda do BO, que os classificadores são terceirizados, que todo processo de classificação é monitorado por câmeras de segurança, as quais foram fornecidas para serem analisadas pela GCCO durante investigação.

De acordo com boletim de ocorrência, o trio foi abordado e os caminhões de grãos que passaram pelo processo classificatório conduzido pelos suspeitos - foram novamente enviados para uma nova classificação realizada por uma empresa certificadora, que confirmou a fraude.

Consta do relatório, que ficou evidente, por meio de análises, que o processo de classificação é fraudado pelos funcionários, inclusive se observou que amostras são trocadas e em diversas classificações o processo regular por normas técnicas não é observado.

A equipe da GCCO foi informada, que novas cargas chegariam à Amaggi de Lucas do Rio Verde - e que informações internas dariam conta de que o produto (soja) seria classificado de forma fraudulenta. Todo processo de classificação de grãos foi acompanhado pela equipe da Gerência de Combate o Crime Organizado em tempo real -  que constatou a fraude em mais uma leva de classificação, em que os três funcionários atuavam.

Por meio da nova classificação, confirmou todos os atos anteriores de análise das imagens, bem como as denúncias recebidas pela empresa de que a classificação estava sendo fraudada, haja vista, que as novas classificações deram um percentual muito acima do recomendado, bem como da classificação que saiu da origem, indicando que a classificação na empresa Safras também pode estar sendo fraudada.

Durante entrevistas com os classificadores responsáveis pelas fraudes confessaram as práticas ilícitas e um deles alegou que recebia em torno de R$ 600,00 por carga, e outro apontado com responsável pelo esquema, recebia de R$ 600,00 a 800,00 por carga, e, segundo ele, repassava aos demais.

O funcionário S. alegou que todos os esquemas eram comandados por R., que inclusive mantinha contato com algum classificador responsável pela classificação dos grãos na origem na empresa em Sorriso.

Um dos exemplos das amostras avaliadas foi à classificação de umidade, que em um caminhão deu percentual de 10,10%. Na nova avaliação, feita pela empresa certificadora e acompanhada por um perito nomeado, o percentual saltou para 13,50%. Outra amostra, de grãos fermentados, quando o caminhão chegou à empresa o percentual foi de 16,30%, enquanto que na nova avaliação esse número passou para 38,60%.

Segundo o coordenador da GCCO, delegado Vitor Hugo, as investigações prosseuem para identificar se há outras pessoas envolvidas no esquema criminoso.

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