Familiares estão revoltados com o desfecho do caso que culminou na morte do professor Celso Odinir Gomes, 60 anos. O educador desapareceu no dia 03 de maio, após deixar a residência onde mora com os irmãos, no bairro Dom Aquino, na Capital. Após sete dias de buscas, o corpo do Gomes foi encontrado carbonizado em uma área de mata próxima à Lagoa Trevisan, em Cuiabá.
Em entrevista ao , na tarde desta quinta-feira (16.05), Laura Marques, sobrinha do professor, disse que a família não acredita na versão contada pelo menor, e enfatizou que somente ficaram aliviados quando o caso realmente for esclarecido.
"Acreditamos que haja algo mais ainda, e que tenha mais gente envolvida", diz Laura ao ser questionada sobre a versão dos menores relatada os policiais, segundo a qual Celso teria sido morto após dar carona para um dos menores.
Para os familiares, que descreveram Celso como uma pessoa querida, prestativa e acolhedora, eles acreditam que existe algo mais nessa história "mal contada", até mesmo com possibilidade de outras pessoas envolvidas.
Segundo Marques, a teoria da família é que os menores estão encobertando o verdadeiro assassino, pois sabem que não serão punidos severamente por seres menores de idade.
Questionada que o resultado do laudo pericial já foi entregue à família, Laura disse que o corpo do professor foi levado para área de antropologia devido ao estado avançado de decomposição. Marques disse que ainda não sabem quando poderão velar o corpo do tio.
"O sentimento da família é de revolta completa, pois eles não mataram só uma pessoa, mataram uma pessoa que era suporte da família. Meu tio era uma pessoa responsável por quase todo mundo da família. A gente espera que o caso seja completamente esclarecido e que a polícia consiga desvendar o que realmente aconteceu", expressou Laura.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Maurício Maciel, não existem indícios de que os suspeitos conheciam o professor, exceto pelo fato de Celso ter oferecido uma carona ao menor, que confessou o crime. Quanto aos outros envolvidos, Maciel informou que um segundo adolescente foi convocado para auxiliar na ocultação do cadáver.
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