PJC
Polícia Civil cumpre 43 ordens judiciais contra organização investigada por roubos de cargas em MT.
A Polícia Civil deflagrou na manhã desta terça-feira (06.07), a operação “Safra”, que investiga o esquema de uma organização criminosa de São Paulo que atuava no furto e roubo de cargas de grãos praticados em território mato-grossense. Estão sendo cumpridos 31 mandados de prisão e de busca e apreensão.
Os mandados judiciais estão sendo cumpridos por equipes da Polícia Civil de Mato Grosso em diversas cidades do interior de São Paulo e Paraná, onde também serão efetuadas as apreensões de 12 carretas. Nas cidades paulistas de Assis, Avaré, Conchas, São Miguel Arcanjo, Paraguaçu Paulista, Maracaí e Tarumã e em Campo Mourão, no Paraná.
De acordo com a PJC, as investigações iniciaram na Delegacia de Paranatinga (a 336 km de Cuiabá), que apurou o furto de cargas de soja ocorrido em março deste ano. Outras ocorrências registradas nas cidades de Sorriso e de Ipiranga do Norte, levaram a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil de Mato Grosso a identificar um esquema criminoso envolvendo uma empresa de transportes, sediada no município de Assis, São Paulo, que vem sendo utilizada para a prática dos crimes.
O proprietário e demais integrantes vinham “desviando” cargas de grãos em Mato Grosso há anos, conforme constam em mais de 40 boletins de ocorrência registrados pelas empresas proprietárias das cargas.
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Ainda conforme apurou a Polícia Civil, o proprietário da empresa e o grupo criminoso atuam como verdadeiros 'piratas', entrando em Mato Grosso e furtando as cargas de grãos. A investigação apontou que a quadrilha utilizava-se das mais variadas fraudes, aproveitando-se de falhas no sistema de controle das fazendas e das transportadoras contratantes. Depois de praticarem os furtos, voltavam à cidade de Assis levando o “espólio” arrebatado (valores em dinheiro).
O delegado de Paranatinga, Hugo Abdon disse que o objetivo da operação é colher informações contra os alvos investigados, assim como interromper as condutas criminosas por parte da organização criminosa, atingir o patrimônio da quadrilha, ressarcir as vítimas dos prejuízos sofridos e, por fim, levar à punição dos associados.
Já o delegado da GCCO, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, destacou que a investigação apura os crimes de organização criminosa, furto qualificado pela fraude e por concurso de pessoas, além de haver indícios da prática de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.
A Polícia Civil apurou também, que durante o roubo das cargas, a organização criminosa mantinha as vítimas reféns durante a ação, além de utilizarem armas de fogo. “Ou seja, a quadrilha está também praticando os mais variados crimes, inclusive, usando de violência, com emprego de arma de fogo e zombando do sistema de justiça e do principal sistema produtivo brasileiro, que é o agronegócio”, apontou o delegado Vitor Hugo.
Somente em Paranatinga, os membros da quadrilha furtaram duas cargas de soja de caminhões bitrens causando um prejuízo no montante de R$ 300 mil. Em Ipiranga do Norte, os criminosos desviaram quatro cargas completas de soja avaliadas em aproximadamente R$ 600 mil.
Participam da operação 32 policiais civis das unidades da Delegacia de Paranatinga, Delegacia Regional de Primavera do Leste, GCCO e Polinter. ( com informações PJC)
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