Emerson Gonçalves Assunção, 31 anos, confessou que matou o tio-avô, Manoel Ramos de Assunção, 80 anos, com aproximadamente 13 golpes de faca na última terça-feira (12.12), no bairro Paiaguás em Várzea Grande, por causa de uma briga antiga entre os familiares. Emerson estava em liberdade condicional por outro homicídio.
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Ao , o delegado responsável pelas investigações do crime, Ricardo Franco, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), contou que Emerson revelou em depoimento que ouviu uma história de que o idoso falsificou uma documentação de uma propriedade da família, e que por esse motivo seus parentes não estavam "bem financeiramente".
Emerson afirmou que ficou com a história na cabeça, e que no dia do crime ingeriu bebida alcoólica, e que quando passou pela casa do tio-avô resolveu tirar satisfação. Segundo ele, o tio o empurrou com um pedaço de madeira que ele utilizava para se apoiar, e que nesse momento, ele [Emerson] deu uma facada no tórax de Manoel e com a força do golpe, a mão escorregou na faca e ele se cortou, mas continuou dando vários outros golpes na mesma região.
Com a gravidade do corte na mão, o autor do homicídio buscou atendimento médico no Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande (PSMVG).
Conforme o delegado, a equipe já previa que o suspeito iria buscar atendimento em alguma unidade de saúde e no dia do crime, eles tinham ido até o PSMVG e pediram para serem avisados caso alguém procurasse o hospital com algum corte de faca.
Durante as investigações da DHPP, a equipe recebeu a informação da Guarda Municipal de que o homem tinha dado entrada na unidade de saúde com corte na mão. Após a prisão, Emerson também confessou aos familiares a autoria do crime.
Ainda segundo o delegado, Emerson foi condenado por outro crime de homicídio e responde pelo ato em liberdade, no regime condicional. Após depoimento, ele foi encaminhado para a Polinter e deve passar pela audiência de custódia nesta quinta (14).
"Ele vai ser denunciado pelo crime de homicídio qualificado, com as qualificadoras: motivo torpe, com recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Ainda tem o agravante que a vítima era maior de 60 anos. Então são várias circunstâncias que podem levar a pena ao patamar máximo de 30 anos, já que ele é reincidente pelo mesmo crime e quebrou medidas judiciais", finalizou Ricardo Franco.
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