O sargento da Polícia Militar Odenil Alves Pedroso, que foi morto em serviço na tarde desta terça-feira (28) em frente à UPA Morada do Ouro em Cuiabá, estava trabalhando em horário de folga para complementar renda. No mesmo dia, outros 46 policiais estavam trabalhando em horário de folga, para complementar renda, prestando serviços para a Secretaria Municipal de Ordem Pública de Cuiabá (Sorp).
Odenil deixa três filhos, duas meninas e um menino. O presidente da Associação de Cabos e Soldados de Mato Grosso (ACS-MT), Laudicério Machado, lamentou a morte do colega e lembrou que ele realizava trabalho para complementar renda e sustentar a família. A ACS defende que policiais militares estão desde 2014 sem reposição salarial em Mato Grosso.
"O policial estava em seu posto de trabalho buscando complementar sua renda, no momento que poderia estar descansando do serviço ordinário juntos a sua família, quando foi baleado por um criminoso na tarde desta terça, em Cuiabá. A ACS externa seus sentimentos aos familiares neste momento de tristeza e dor, onde já acionou o serviço de Auxílio Funeral que é ofertado a família de todos associados", afirmou.
O sargento trabalhava na chamada "jornada delegada", em que é remunerado pela Prefeitura de Cuiabá por prestar serviços de proteção ao patrimônio público, uma vez que o município não possui guarda própria. No momento, o policial fazia a proteção da Unidade de Pronto Atendimento quando foi atacado.
No regime de jornada delegado, o militar trabalha nos horários de folga, sem que a jornada para a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) seja prejudicada. A contratação é realizada através de um convênio entre a prefeitura e o governo estadual.
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