O membro da quadrilha de roubo a gado e defensivos agrícolas, Elias Brito Pereira, preso na manhã desta terça-feira (16.05), em Tangará da Serra (239 km a Médio-Norte), usava identidade falsa para esconder sua origem, como integrante de uma das maiores facções criminosa do Brasil, que comanda crimes de presídios paulista.
O criminoso, cujo nome verdadeiro é Claudiomar Saldanha Lima, 39 anos, é procurado no estado de Rondônia, como líder de uma poderosa organização criminosa, ramificada em vários municípios daquele estado, que atua fortemente no tráfico de drogas e armas.
Na segunda fase da operação "Boi Bandido", a Polícia Civil apreendeu com ele sete armas de fogo, do tipo pistolas, revólver e espingardas, e mais de 130 cartuchos dos calibres 20, 38, 380, 36, 12. Parte das armas estavam em uma chácara e na residência dele, alvos de mandado de busca e apreensão.
Também foram apreendidos nos dois locais, várias peças de jóias em ouro, 1 caminhão 850 com gaiola, 1 caminhonete F250, 1 Fiat Uno, 2 motocicletas esportivas importadas, uma de 1000 e outra 600 cilindradas.
Segundo levantamentos no Núcleo de Inteligência da Regional de Tangará da Serra junto as Polícias Civil e Militar de Rondônia, o grupo liderado pelo criminoso tem várias atividades delituosas para financiamento da quadrilha. Consta no Banco Nacional de Mandados de Prisão três ordens de prisão em aberto, pelas Comarcas de Ariquemes (RO) e Porto Velho (RO), de onde é foragido. Dois mandados são de tráfico de drogas cometidos no ano de 2013 e o terceiro é uma sentença condenatória definitiva por roubo.
O criminoso também tem condenação por homicídio. Ele é apontado como o principal fornecedor de armas à quadrilha de roubo a gado e defensivos agrícolas liderada pelo mato-grossense, Quezil Góes de Siqueira, 50 anos, morto durante tentativa de roubo de 150 cabeça de gado, no dia 4 de junho, em uma fazenda no município de Barra do Bugres (168 km a Médio-Norte), na operação que resultou na prisão de quatro bandidos e na morte de dois, sendo um deles o líder Quezil.
Em novembro de 2008, Claudiomar foi capturado pela Polícia Militar de Rondônia, quando retornava de um esconderijo na Bolívia. Em 2011, foi novamente preso em Ariquemes, com várias armas de grosso calibre e munições. No mesmo ano houve uma tentativa de explosão das paredes do presídio, com uso de dinamites, para libertá-lo
Em interrogatório, o acusado contou ao delegado Alexandre Morais Franco, que anos atrás, conseguiu tirar a tornozeleira eletrônica que usada no regime semiaberto e fugiu para Mato Grosso, indo morar no Distrito de Guariba, em Colniza, e por último em Tangará da Serra.
O suspeito negou envolvimento com nos roubos a gado, afirmado somente conhecer o preso Olair Lemes da Silva, com quem tinha negócios na compra e venda de veículos e gado . Quando aos veículos encontrados com ele alegou ser penhor de dívidas.
O preso é natural do município de Ouro Preto do Oeste, Rondônia. Ele vai responder em Mato Grosso por posse ilegal de arma de fogo, falsa identidade, além do mandado de prisão cumprido por roubo e associação criminosa.
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