A Polícia Civil prendeu na manhã desta sexta-feira (27.07), por meio da Operação Insurgente, 54 pessoas acusadas de integrarem uma organização criminosa responsável por planejar e executar diversos crimes em cidades do interior de Mato Grosso.
Segundo a PJC/MT, dos 87 mandados judiciais (31 de buscas e 56 de prisões) apenas duas ordens de prisão seguem em diligências na operação que é coordenada pela Delegacia de Primavera do Leste e pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
Os 54 presos (entre pessoas soltas e reeducandos de unidades prisionais) estão sendo conduzidos às delegacias da Polícia Civil em Cuiabá, e nos municípios de Sinop, Primavera do Leste, Rondonópolis, Pedra Preta, Alto Araguaia e Poxoreu. Eles serão interrogados e em seguida serão apresentados em audiência de custódia.
De acordo com a delegada Anamaria Machado Costa, titular da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Primavera do Leste, a investigação resulta em trabalho de apuração de aproximadamente 10 meses com foco na ramificação da organização criminosa que atua na região Sul do Estado.
“Por meio de um trabalho técnico e intenso foi possível apontar o papel de cada membro dessa facção criminosa que esta por trás da prática de crimes como roubo, tráfico de drogas, homicídios, latrocínio e aliciamento de menores por meio de filiação/batismo para a prática de diversos delitos”, disse a delegada.
As investigações apontam que os líderes do grupo, chamados de “Conselho Final”, seriam reeducandos da Penitenciária Central do Estado (PCE) que passaria as determinações para lideranças (apelidadas de “vozes finais”) presas no presídio da Mata Grande, em Rondonópolis e estas repassariam as ordens para as “disciplinas”, pessoas soltas para que executassem o acordado pela quadrilha.
“O grupo agia buscando liderar o comércio ilícito (de entorpecentes) - cobrando uma espécie de aluguel de cada boca de fumo e coagindo os pequenos traficantes para que comprassem a droga de pessoas indicadas por eles. Embora não seja o caso de Primavera do Leste, em algumas cidades, a organização criminosa chegava a intimidar também o comércio lícito exigindo que comerciantes pagassem para não ser assaltados, por exemplo”, explica a delegada. (Com informações da PJC/MT)
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