A Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), cumpre nesta quinta-feira (23.11) 16 mandados judiciais contra servidor da Prefeitura de Cuiabá, empresários e uma empresa suspeitos de desviarem recursos da Saúde por meio de fraude em licitação. A ação faz parte da Operação "Raio X".
Segundo a Polícia Civil, estão sendo cumpridos nove mandados de buscas domiciliares e sete medidas cautelares: um mandado de suspensão de pregão eletrônico, um mandado de suspensão de pagamentos, um mandado de proibição da empresa em contratar com o poder público, uma suspensão do exercício de função pública de agente na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá e três sequestros de bens. As ordens judiciais foram decretadas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Capital (Nipo).
Conforme a Deccor, as investigações apontam indícios de irregularidades em um processo licitatório, estimado em R$ 2,6 milhões promovido pela Secretaria de Saúde de Cuiabá em 2022. Durante as diligências, apurou indícios de conivência de agentes públicos, que ocupavam à época os cargos de secretário de saúde, secretário adjunto, pregoeiro, gestores de contrato e assessores jurídicos do órgão municipal, e atuaram com o desvio de condutas em benefício a uma empresa contratada.
Na apuração foram constatadas que uma das empresas contratadas à época do processo licitatório seria de um ex-agente público; a empresa não existia fisicamente e nem possuía registro de funcionários; não apresentou equipamentos para execução dos serviços, além de irregularidades nas fases da licitação que indicaram o direcionamento do certame para a prestação de serviços de raio-X e ultrassonografia.
Mesmo com uma decisão judicial determinado a suspensão de todo o certame licitatório por indícios de fraude, ainda assim, agentes públicos autorizaram que a empresa investigada fizesse a prestação de serviços radiológicos, com o recebimento de valores pagos pela Secretaria de Saúde de Cuiabá.
Os investigados responderão pelos crimes de prevaricação, falsidade ideológica, associação criminosa, fraude à licitação e contratação direta ilegal, além outros crimes a apurar.
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